Não-entrevista: o ódio que toma o Facebook... e as ruas
Se você não está completamente alheio ao mundo, já deve ter percebido que esse é sentimento dominante em boa parte do Brasil essa semana."Vai para Miami!", grita um. "Vai você para Cuba!", responde outro
"Coxinhas filho da puta!" "Petralha vagabundo!" Se você não está completamente alheio ao mundo, já deve ter percebido que esse é sentimento dominante em boa parte do Brasil essa semana."Vai para Miami!", grita um. "Vai você para Cuba!", responde outro. Os nervos estão à flor da pele. Na verdade, é mais que isso. Os nervos já saíram da pele e estamos todos muito loucos. Todo mundo ficou fora de si depois do pronunciamento da presidenta Dilma Roussef (e das vaias, panelas e xingamentos) e mais louco ainda com a aproximação da manifestação pelo impeachment no domingo.
As pessoas estão com muito ódio no coração. É odio por todos os lados. É tanto odio que não conseguimos nem pensar.
Sério, estamos todos como crianças, que, na dúvida, ao invés de conversar com o amiguinho que pegou seu lápis na escola, vai lá e dá um soco. Isso acontece em todas as redes sociais.
Sim, o Facebook virou um local de Guerra! E tambem na rua, ali, na vida real mesmo.
Vamos parar! Vamos parar! Como hippies, resolvemos não entrevistar essa semana o ódio. O ódio que paraliza. O ódio que impede de pensar. O ódio às mulheres. O ódio aos gays. O ódio aos coxinhas. O ódio aos petralhas. Não postaremos (aliás, como nunca) conteúdo de ódio nessa revista, nem no nosso site. E também tentaremos, e aconselhamos a todos, não entrevistar o ódio em nossas vidas também. Como? É simples, se alguém vier falar com sangue nos óio, não responderemos. Faça o mesmo!
Sem ódio. Mais amor, pois como diria ele mesmo, o Criolo: convoque seu Buda, o clima tá tenso.