Marco Feliciano
Protesto! Não vamos entrevistar o deputado nem que ele nos mande direto para o inferno
Este mês nossa não entrevista é um protesto. Não, não vamos entrevistar o deputado Marco Feliciano nem que ele nos mande direto para o inferno. O deputado, como todo mundo sabe, foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Repetimos: DIREITOS HUMANOS! Que as frases dele falem por si: “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado de Noé. Isso é fato”. E “a podridão dos sentimentos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, a [sic] rejeição”.
Bem, espera-se que um presidente de uma Comissão de Direitos Humanos e Minorias defenda as minorias e não seja um homofóbico racista, né? Na verdade, espera-se que nenhum ser humano pense como o deputado. Mas o horror aconteceu, e esse ser vai não defender os direitos humanos no Brasil. Como ele vai não defender, também vamos não entrevistar. E, claro, também aproveitamos para não entrevistar todos os políticos que estiveram presentes nesse absurdo que foi a escolha de tal deputado. Vocês não merecem pôr os pés nesta revista.
E o pastor disse ainda: “Os artistas são a favor do casamento gay, os intelectuais também são. Resta aos cristãos e conservadores de valores morais lutar”. Não somos artistas nem intelectuais, mas sim humildes jornalistas. Mesmo assim, defendemos o casamento gay, como já dissemos aqui várias vezes. Pensando bem, talvez Feliciano um dia figure em nossas páginas, no troféu sem noção. Até lá, deputado!