Máquinas de escrever pra usar e decorar

Objetos do século passado quase esquecidos hoje em dia, elas dão um toque vintage à sua casa

por Natacha Cortêz em

Já parou pra pensar que, há nem tantos anos assim, a ideia de touchscreen e digitação de texto por comando de voz era coisa de filme da Sessão da Tarde sobre o futuro? Naquela época, os móveis e eletroportáteis tinham design e cartela de cores bem diferentes do minimalismo de hoje. Mimos do tempo da sua mãe, as máquinas de escrever não só serviam pra datilografar, mas eram lindas peças pra se ter em casa. 

Para os saudosistas, a boa notícia é que juntamente com as vitrolas e vinis elas sobreviveram aos anos e existe um mercado bem vivo pra elas. De feiras e lojas de antiguidade, brechós a sites de compra, é possível encontrar relíquias nas mais variadas cores, modelos e preços. Quanto mais antiga e rara, mais cara a máquina vai ser.

Aqui, fizemos um pequeno guia pra quem quer investir em uma máquina de escrever. Pra escrever ou pra decorar, a peça é um registro certo pra posteridade
 

As marcas mais queridas:

     Royal, uma das empresas mais antigas no setor. Começou a produzir no início do século 20 e ofereceu uma das cartelas de cores mais bonitas do mercado, com tons de verde, amarelo, azul e rosa. 
 

     Olivetti Elettra, marca italiana. As primeiras máquinas de escrever da empresa são de 1949. O modelo Olivetti Lettera 82 ficou famoso pela portabilidade, ele vinha com uma capa malinha pra carregar a máquina. 

 

     Smith Corona, a empresa é norte-americana e de 1886. É ainda ativa, mas não fabrica mais as máquinas de escrever, somente máquinas pra etiquetagem e artigos de escritório. 

     Hermes baby, marca norte-americana também. Começou a fabricar em 1940 e foi até meados de 1990. O linha Hermes Baby foi um sucesso na época e trazia de cores vibrantes a pastéis. 

 

 

 

Onde você encontra:

* - eBay, elas podem demorar um prazo maior pra chegar e os preços são em dólares;
* Mercado Livre, os preços são melhores e é possível fazer lances;

Feiras, lojas de antiguidade e brechós
Caos - Rua Augusta, 584 - São Paulo - SP - De segunda a sexta, das 12h às 19h - (11) 2365 1260;
* Feira da Praça Benedito Calixto em São Paulo - aos sábados, das 14h30 às 18h30h;
* Feira de Antiguidades do Bixiga em São Paulo - aos domingos, das 8h às 18h;
* Feira do Vão Livre do Masp em São Paulo - aos domingos, das 10h às 17h. 

Quanto custa? Depende do estado de conservação, da disponibilidade e conhecimento do vendedor. Ele pode saber que está vendendo uma raridade e cobrar como uma, ou simplesmente querer se desfazer de um objeto da vó dele -, do ano de lançamento da máquina - geralmente, quanto mais antiga, mais cara -, e do lugar que você compra. Lojas de antiguidade, por exemplo, são os lugares de maior preço. Na nossa pesquisa, encontramos máquinas de R$ 80 a R$ 600.  

E a manutenção? Simples. Óleo pra não enferrujar (sim! Pode parecer um absurdo hoje, mas usavam óleo para as máquinas ficarem em perfeito estado). Se você a usa muito pra escrever, pelo menos uma vez no ano é ideal fazer uma revisão nela. Igual revisão de carro, sabe? Então, você pode levá-la no mesmo lugar onde consertam relógios de parede e coisas do tipo. 

E os acessórios pra ela? Somente a fita, que é a tinta pra você escrever. Precisa ser trocada sempre que começar a falhar e pode ser encontrada em qualquer papelaria.

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