Fim de mundo
Foi lá, em Flagstaff, que descolei um hotel para servir de base para nossas visitas ao Parque Nacional do Grand Canyon. Pois bem, uma volta a pé pela cidade levou... dez minutos. Mas até que vimos umas três pessoas nas calçadas, além de uma histórica passeata de sete cidadãos! Não é de se admirar que os astrônomos amem aquilo lá - só tem "nada", altura e estrelas.
Para que o Rodrigo não me sacaneasse ainda mais pela tal escolha (além de cismar que eu leio mapa de estrada de cabeça pra baixo), resolvi arrumar uma programação para entretê-lo: fomos ao Lowell Observatory, fundado em 1864 por Dr. Percival Lowell, o homem que descobriu Plutão (em inglês, Pluto). Apesar de eu sempre ter achado planetário coisa de menino, adorei. O trabalho de Lowell foi braçal, minucioso. Ele morreu em 1916. O planeta foi visto pela primeira vez em 1930, lá mesmo. Mas agora, já era. Tentei entrar no site do observatório hoje, e nada. Deve ter dado crash - obviamente todo mundo teve a mesma idéia que eu. Já o Grand Canyon, bem, esse aí talvez seja uma grande cratera perfurada pela Disney. Mas por enquanto, ninguém ainda descobriu.