A estilista Fawsia Borralho decorou sua casa com recordações e transformou o grande apartamento em um espaço aconchegante para viver
Desde que se mudou para Higienópolis, 15 anos atrás, a maranhense Fawsia Borralho, 47, namorava o edifício Domus, um prédio imponente dos anos 70 carinhosamente apelidado de “prédio bolo” e “navio” pelos moradores da região, por causa da sua forma arredondada. Há cinco anos, enquanto fazia a mão em um salão do bairro, ficou sabendo que uma unidade estava à venda. “Tinha acabado de dar sinal em outro apartamento. Saí de lá, resgatei o sinal e consegui arrematar minha casa!”
Casa mesmo, porque, apesar de estar instalado no nono andar, o espaço de proporções generosas – 450 metros quadrados, pé-direito alto, assoalho de madeira, ventilação cruzada, muita luz solar e uma cozinha enorme – mais parece uma casa de interior do que um apartamento do centro paulistano. A estilista, dona da marca de bolsas Gibb (ela se formou na primeira turma de moda da Universidade Anhembi Morumbi e trabalhou em diversas áreas da moda), decorou sua casa como se editasse um desfile. “Quando entrei, vislumbrei como ficaria meu apartamento por inteiro. Comecei com a cozinha, integrada, exuberante e cheia de cores, e fui decrescendo à medida que chegava nos outros espaços. Os quartos são mais calmos, tranquilos, com um astral gostoso.”
Fawsia teve ajuda da arquiteta Tieko Matsuda, que, segundo ela, trabalha muito bem o contraste dos objetivo rústicas com peças dos anos 50 e 60. “É difícil decorar um espaço desse tamanho. Usamos cores para que ele não ficasse frio.” E frieza é uma palavra que passa longe do vocabulário de Fawsia. Para a maranhense que sente saudades do mar quente de sua terra natal e vive rodeada por cores, seja em casa, seja no trabalho, a estética “é o enlace que você faz com as memórias afetiva, cultural e física e passa a se expressar em todos os aspectos da sua vida”. E é isso o que se vê em todos os cantos de seu lar.
Mural - Detalhe de um dos corredores, que leva à área íntima e que serve como uma espécie de galeria de arte, que mistura desde objetos com valores artesanais a objetos com valores de arte / Créditos: Romulo Fialdini
Na moda - Detalhe das bolsas da Gibb, marca de Fawsia / Créditos: Romulo Fialdini
TPM123_CASA003 / Créditos: Romulo Fialdini
No balancê - Detalhe do quarto de Fawsia, cadeira de balanço da Thonarte. Ao fundo, um móvel antiguinho que ela laqueou de cor-de-rosa / Créditos: Romulo Fialdini
Organizada - Detalhe do closet, projetado pela arquiteta Tieko Matsuda e executado pela BJ Marcenaria / Créditos: Romulo Fialdini
Repaginado - Fawsia queria um quarto de dormir fresco, que fosse claro, com vento e lembrasse um quarto de praia. O papel de parede é da Wallpaper e os dois abajures eram um par de vasos de uma amiga que ela transformou em luminária / Créditos: Romulo Fialdini
Coração - A cozinha é a área preferida dos amigos e o centro da casa. Fawsia teve que repintar as paredes algumas vezes para conseguir chegar neste resultado de cores. A luminária de metal é de Philippe Starck / Créditos: Romulo Fialdini
Original - A porta de ferro, pintada de amarelo, está no apartamento desde o primeiro morador. A madeira do piso original era mais avermelhada e foi clareada. As poltronas anos 50 compradas na feira da praça Benedito Calixto / Créditos: Romulo Fialdini
Garimpo - Detalhe do escritório da casa, o sofá Chesterfield antigo tem almofadas feitas com tecidos que já foram peças de roupa. A poltrona francesa do século 19 foi comprada em um família vende tudo / Créditos: Romulo Fialdini
Sem canto - Quando entram no apartamento, os visitantes dão de cara com a enorme sala de estar redonda. Os sofás azul-marinho são da Micasa e o tapete foi desenhado por André Lima para a Firmacasa. A mesa de centro, da L’oeil, faz par com as duas colunas de madeira da Secrets de Famille / Créditos: Romulo Fialdini
Intimidade - Fawsia e a buldogue francesa Tina fazem pose na sala de TV. Ao fundo, estante executada pela JB Marcenaria guarda memórias da moradora. A chaise está com Fawsia há mais de 20 anos e foi forrada com tecidos étnicos da Celina Dias. Sofá da L’oeil, pufe bola da Micasa e pufe de veludo da Coisas da Doris / Créditos: Romulo Fialdini
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