Facebook do inferno!
Como junho de 2013 mudou nossas vidas nas redes sociais. Pra pior
Antes, o Facebook era usado para pessoas escreverem piadas e postarem fotos de seus filhos e gatos. Depois, o gigante acordou e a rede passou a ser usada para falar de política e manifestações. Legal todo mundo falar de política, essa coisa tão importante. Mas no meio do caos cibernético surgiram, claro, os novos tipos irritantes.
O teoria conspiratória de direita “O Brasil vai virar uma ditadura. Bem, na verdade, já é. Os médicos cubanos são agentes de Cuba que vão instalar uma ditadura comunista no país.” Eles esquecem que se o Brasil fosse uma ditadura eles não poderiam escrever isso em lugar nenhum, muito menos em redes sociais. Suas teorias são rocambolescas e, só para lembrar, gente, nem existe mais comunismo! Diagnóstico: tendência a paranoia delirante.
O teoria conspiratória de esquerda “Tudo é culpa da CIA, que financia a Rede Globo, que está pronta para dar um golpe no país. A Coca-Cola também deve ser uma das culpadas, assim como as grandes corporações americanas.” São tão malucos quanto os da teoria conspiratória de direita, mas chama a atenção o fato de que divulgam suas ideias no Twitter e no Facebook, duas empresas americanas, ou melhor, estadunidenses. Diagnóstico: paranoia com resquícios de amnésia.
O arauto do apocalipse “Vai faltar água. Vai faltar luz. O Brasil vai entrar em uma séria crise. E ficaremos sem poder sair de casa porque a violência ficará cada vez pior.” Esse tipo deve ser ocultado do Facebook o quanto antes se você não quer entrar em depressão. Eles também adoram divulgar boatos de que o PCC vai invadir São Paulo e que os traficantes do Rio vão tomar o poder. Diagnóstico: depressão severa e contagiante.
O otimista descontrol “Tudo está lindo. O Brasil é um lugar maravilhoso. Tudo que aconteceu (inclusive o quebra-quebra) foi para o bem. Vivemos em um país abençoado. Na verdade, nunca ninguém no mundo viveu tão bem. O trânsito de São Paulo, ah, isso não é nada demais. Isso acontece em toda grande metrópole.” Gente que não tem nenhum motivo para reclamar. Nenhum. Mesmo. Diagnóstico: síndrome de Estocolmo.
O agressivo de página alheia Você crítica a tática dos Black Blocs; ele vai lá e lhe chama de alienada retrógrada. Você escreve que está feliz; ele vai lá e comenta que ninguém poderia estar feliz diante da situação atual. Você coloca um vídeo de uma música do Caetano e lá vem ele dizer que o Caetano é um mala. Quem perguntou? Por que essa pessoa não escreve essas coisas em sua própria página? E, se não concorda, por que não passa batido? Sabe por quê? Porque essa é uma pessoa chata. Diagnóstico: chatice aguda e amargura agonizante.