Eternizada

Museu em Curitiba recebe exposição inédita no Brasil do acervo fotográfico de Frida Kahlo

por Natacha Cortêz em

Um lado menos conhecido de Frida Kahlo pode ser visto pela primeira vez no Brasil a partir de 17 de julho, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. Trata-se da exposição Frida Kahlo – As suas fotografias, que traz uma seleção de 240 imagens do arquivo pessoal da artista mexicana que ficaram escondidas no banheiro da casa dela e só vieram a público em 2007.

São registros da infância feitos por dois fotógrafos de sua família: seu pai, Guillermo, e seu avô; e também da vida adulta, feitos por dois fotógrafos que conviveram com ela – a alemã Gisèle Freund e o húngaro Nickolas Muray. Também há fotos tiradas pela própria artista, revelando as dores, as angústias e principalmente o amor pelo marido, o pintor e muralista mexicano Diego Rivera. Hilda Trujillo Sotto, diretora do Museu Frida Kahlo, no México, falou à Tpm sobre a mostra. 

Qual a importância da fotografia para a vida e a obra de Frida? Ela foi fundamental. Não se pode entender as inspirações de Frida sem conhecer suas fotos – são mais de 6.400 imagens. Ela tinha esse desejo de colecionar fotografia, recebeu esse traço do pai e do avô. Frida carregava a câmera do pai, que era epilético, e o ajudava. Com ele, aprendeu a posar para a câmera. Nos autorretratos a óleo, ela se coloca como se estivesse na frente de uma. Mesmo assim, ela nunca se considerou uma fotógrafa.

No momento em que Frida viveu no México, os fotógrafos importantes de todo o mundo estavam no país para fotografar o momento que aquele lugar exótico havia enfrentado, sem falar na revolução socialista. Estes artistas ficaram próximos de Diego Rivera e Frida Kahlo, e fizeram milhares de fotos dela, pois ela era uma personalidade marcante. Eles eram, por exemplo, Gisele Freund, Nickolas Murray, Cartier Breson, Weston Modotti e Pierre Vergerentre.

O que faz de Frida tão fascinante? Ela nunca se submeteu às regras sociais. Era inteligente, criativa, fortíssima e inquieta. Transformou um corpo quebrado e enfermo em uma obra de arte. Tudo o que a cercava sofria sua influência. Sua casa, seus amigos, suas criações, tudo era convertido em obra de arte. O universo de Frida era a arte.

Vai lá: Frida Kahlo – As suas fotografias, de 17/7 a 2/11. De terça a domingo, das 10h às 18h no MON, Curitiba, PR. Entrada: R$ 6

Crédito: Divulgação
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