Dedo da chef

Enquanto criava receitas para seus restaurantes, Renata Vanzetto dava ideias para a edição

por Carol Sganzerla em

 

Renata Vanzetto é falante, espevitada, e é interrompida algumas vezes durante a conversa com a Tpm, em seu restaurante Marakuthai, nos Jardins, em São Paulo. É que a chef acabara de incluir mais cinco receitas fresquinhas no cardápio, como carpaccio de atum (com sagu de shoyu, crocante de alga, emulsão de tabasco e tuille de gergelim) e codorna desossada (recheada de tutu de lentilha libanesa, bananinha-ouro assada na casca, molho de vinho tinto, anis e canela). Os funcionários, que não são poucos, checavam as mudanças para a preparação dos pratos. Engana-se quem imagina uma rotina tranquila para essa menina de 21 anos, que abriu seu primeiro restaurante, em Ilhabela, aos 18. Foi lá que ela cresceu, depois de os pais trocarem a capital paulista por mais qualidade de vida no litoral norte. O pai, ex-sócio da grife Pakalolo, e a mãe, ex-modelo e decoradora, levaram então a filha com poucos meses para ser criada perto do mar.

Quando se separaram, Renata morou um tempo com a avó e foi aí que começou a intimidade com o fogão. No ensino médio, lá pelos seus 16 anos, com a experiência adquirida com a nonna, deu aulas de culinária para crianças na escola em que estudava. Assim que se formou, se mandou para um estágio de quatro meses num restaurante na França, onde um amigo brasileiro trabalhava. Na volta ao Brasil, foi ideia do pai - com incentivo da mãe - ceder um espaço na marina da qual é proprietário em Ilhabela, para, ali, arriscar suas primeiras receitas. Começaram com apenas um prato e hoje têm seus fins de semana lotados. Depois de três anos ininterruptos, enfim Renata pôde tirar férias e passou dez dias com o namorado em Nova York. Na cidade de todos os sabores, provou todos os tipos de comida que encontrou e conta suas dicas com exclusividade para a Tpm. Um pouco mais à frente, na página 96, você lê sobre os projetos que seu namorado e mais dois amigos têm criado na arquitetura paulista. Fique, então, com os pitacos da chef.

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