De volta ao circo

A atriz volta com tudo à TV, ao teatro e ao cinema e dá seu recado na Tpm

por Ronaldo Bressane em

Numa das melhores fases da vida e da carreira, Debora Bloch retorna com tudo ao teatro, à TV e ao cinema. Nesta conversa com a Tpm, ela desce a lenha no comportamento feminino atual e avisa: “Ninguém invade minha intimidade!”

 

Tchutchuca, Debora rebola ao som de um funk pancadão. Mulher de um homem só, se entrega ao amor de um adolescente hiperativo. Cansada de nunca gozar com o maridão relaxado, dá pro colega de escritório – e, afinal, chega ao, ao, ao, o, o, o, ooooo... Apaixonada, transa com o namorado sem camisinha – e, loser, engravida. Ela, que não acredita em lobo mau, faz o marido parir sua própria boneca de infância. Debora usa um ferro de passar roupa pra falar ao telefone, dança com os idosos da platéia, samba doidamente, chora ao som de Robertão, faxina as purpurinas douradas do seu sonho da princesa de Carnaval que virou a bruxa da Cohab. Tudo isso rindo. E, quando a ruiva ri, a gente tem vontade de rir junto.

Mas, à parte todas essas informações, talvez o que o povo queira saber mesmo é por que raios Debora Bloch, 45, terminou o relacionamento de 15 anos com o padeiro-pão Olivier Anquier. Para encerrar a questão logo de cara: “Não vou falar disso mesmo!... Poxa, uma hora termina, aí separa. É assim a vida. Não existe casamento comercial de margarina. Sim, tô namorando. É o Bernardo Pinheiro, artista plástico. Sim, tô apaixonada. Ponto, acabou a resposta!”. Apesar de toda a sem-vergonhice do primeiro parágrafo,Debora é uma mulher discreta. Irrita-se com o assédio sobre sua vida privada: “Às vezes você chega a uns lugares, vêm umas pessoas te fazer umas perguntas que, no meu livro de boas maneiras, alguém que não te conhece não poderia”, inconforma- se. E lembra um diálogo engraçado no documentário sobre os Doces Bárbaros: “O repórter faz uma pergunta pra Maria Bethânia, de foro íntimo, não me lembro exatamente o que é... e ela vira: ‘Mas eu vou perguntar agora se você gosta de dar o cu? Só faltava isso!’ [risos].Tem que ter uma cerimônia de boa educação. Por isso cabe a mim te falar: não vou dizer sobre separação, sobre a relação com o Olivier, sobre o meu namorado, sobre vida íntima. É uma escolha minha...”.

Isso posto, voltemos à Debora de Brincando em Cima Daquilo, conjunto de textos do italiano Dario Fo que ficou famoso nos anos 80 ao ser interpretado pelas divas Marília Pêra e Denise Stoklos (no caso desta, a peça se chamava Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico). É um monólogo virtuosístico, em que a atriz vive várias mulheres em sua luta contra a repressão, o machismo, o idealismo.“ Faço dois dos cinco textos que a Marília fazia; o texto final nunca havia sido adaptado.O diretor,Otávio Müller, buscou atualizar a peça e trazer essas mulheres pro nosso universo. Eu queria usar esse cancioneiro brasileiro – são personagens muito identificáveis com a gente, lia o texto e via uma mulher de Copacabana, da Cohab, do morro do Vidigal. Sabe, essas meni- T nas que engravidam, todas vão ao baile funk... Quem são elas?”

Baixou a Dercy!
Ponto forte do espetáculo é a interatividade, marca do teatro de Dario Fo, que gosta de quebrar a “quarta parede”.“Em geral, o Dario começa suas peças lendo jornal, comentando as notícias do dia. E a partir daí ele começa a atuar: você nunca sabe em que ponto exato começou o espetáculo. Na nossa peça, a luz da platéia só apaga quando acaba a primeira cena. Tem essa coisa da roupa de ensaio, me perguntam se eu não vou trocar de roupa pra entrar em cena... então, a partir do ator, tudo vai sendo criado”, analisa Debora. Daí que, meia hora antes do espetáculo propriamente dito,Debora, ainda em roupa de ensaio, convida senhores da platéia para um samba de gafieira, conversa com a audiência sobre excentricidades sexuais, se joga sobre os espectadores num mosh esculhambado. (“Quando fiz isso pela primeira vez, pensei: ‘Pronto, baixou a Dercy!’.”)

Apesar disso, ela não se vê num suposto “retorno à comédia” – registro que marcou a ruiva descendente de judeus russos em estapafúrdios episódios da finada TV Pirata ou em peças como 5 X Comédia. “Não acho que eu seja só uma comediante. Gosto de ficar livre para fazer outras coisas. Não faço diferença entre drama e comédia. Você tem que fazer um drama e olhar aquilo com humor, e fazer uma comédia e descobrir o drama que está latente ali. A vida é misturada!”, defende. “Tenho um ponto de vista humorado. Mas quando faço uma peça não procuro onde está a graça e sim o drama, a dor, o sentimento do personagem.Aí o humor fica mais rico, você não cai na caricatura.Você revela algo através do humor. Porque, se for ver, as histórias são terríveis!”

Tanto Debora não quer se fechar num rótulo, que topou o desafio de atuar no denso À Deriva, terceiro longa de Heitor Dhalia. “É a história de uma menina adolescente, sua passagem para a vida adulta, primeiro beijo, descobrindo os garotos... e assistindo aos pais tendo uma crise no casamento. Eu sou a mãe e o Vincent Cassel é o pai. Meu personagem é uma mãe aprisionada naquele casamento; bebe, é infeliz. Mas o filme é todo muito narrado nas entrelinhas. Um registro dramático, um filme de arte, uma linguagem bem naturalista e precisa. Fora a correria, seis semanas de filmagem, foi muito prazeroso. O Heitor é sensível com o ator, fácil de trabalhar, dava abertura para minhas sugestões; e sempre sabia o que queria.Foi o melhor filme que eu já fiz!”, entusiasma-se Debora, louca para voltar a outro set.

 

Nossa Madonna
Por enquanto, será o set de TV – ela será uma das protagonistas da próxima novela de Glória Perez, Caminho das Índias, no papel de uma professora. Por isso deve interromper a peça no fim do ano para pegar no batente pesado: “Novela é carregar pedra. São meses de horas gravando, aí chega em casa e tem que decorar pro dia seguinte... termina a semana, chega o bloco de capítulos da outra semana, que você tem de decupar...”, detalha, prevendo o perrengue. Se pudesse, faria só cinema e teatro. Aproveita para pedir melhores condições para os atores: “Fiquei anos sem contrato com a Globo, por opção, só fazendo teatro.Mas paguei caro por esses nãos. Fico chocada com a falta de importância que se dá ao teatro. Até cinema é mais fácil. E me impressiona também que muitos artistas sejam cobrados pelo uso da Lei Rouanet, de uma maneira que não se cobra do pessoal que leva dólar na cueca”, irrita-se. Dizem que a ruiva é esquentada.“Sou mesmo pavio curto em algumas situações. Mas minha meta é me tornar uma pessoa zen...”, jura. Ela tem praticado diariamente ioga, há oito anos, o que lhe garante a forma “cachorra” exibida na peça (quando a repórter Nina Lemos foi vê-la, voltou falando que “Debora é a nossa Madonna”).

“Não é só a ioga... eu sempre dancei, desde pequena”, conta. Desde pequena também convive com o teatro: quando seus pais se separaram, o fim de semana do pai, o ator Jonas Bloch, era levá-la para assistir a Sonhos de uma Noite de Verão.“Vi umas 800 vezes, afinal, ele trabalhava todo fim de semana... acho que eu tinha uns 7 anos”, lembra.“Meu pai também é um gatão, tá inteirão aos 70 anos. E adora uma palhaçada. Eu e minha irmã sempre tirávamos sarro de seus ‘trocadalhos do carilho’”, ri.

Busca da mulher ideal
Debora não fuma, bebe pouco, adora os romances de Philip Roth e os filmes de Woody Allen, acredita mais em perseverança que em sorte, tem muito medo de morrer antes de seus filhos estarem independentes e, sobre religião, prefere citar a sabedoria de um garoto de 5 anos: “O Joaquim, filho da Nanda [Torres], uma vez falou assim: ‘Mãe, Deus é a gente, né?’. Ela: ‘É, Joaquim’.‘Mas a gente não é Deus, né?’Não é genial? Pego pra mim as palavras de Joaquim”, sorri. Sobretudo, revolta-se com a condição subserviente de muitas mulheres: “Dizem que a peça é datada, mas você ainda vê muito mulheres que são maltratadas, apanham, ficam grávidas porque o cara não quer colocar camisinha... a gente perdeu o hábito de ter um discurso político. Parece que ter um discurso político é coisa velha. Mas a gente precisa lembrar, por exemplo, que o aborto ainda não foi legalizado! Apesar do que se pensa e se pratica...”. Embora a peça, que foi escrita nos anos 60, carregue um forte viés político, Debora prefere lançar luz sobre o tanto que há no texto de busca do desejo, amor romântico, o encontro com o mítico orgasmo...

Hoje, porém, 40 anos depois, as mulheres não estarão muito mais independentes, prontas para lançar pela janela o primeiro mané que só se conforme com seu gozo solitário? “Ah, sim... mas também acontece o contrário. Elas não só são exigentes, como se exigem muito mais. Entendo por que a mulher ficava em casa: só cuidar dos filhos já é uma trabalheira louca. Mas hoje a mulher ideal tem que ser gata, inteligente, legal, profissional, boa mãe, interessante, falar coisas bacanas na entrevista [risos]. Vejo muitas mulheres exaustas com essa auto-idealização. Isso virou uma cilada, uma gincana. E não é só para elas, isso funciona para os homens também. Se bem que... não sei, os homens me parecem mais livres. Será? Bom, agora talvez seja eu que os esteja idealizando...”, ri a ruiva. E sempre que a ruiva ri, a gente tem vontade de rir junto.

 

TPM+ Confira a entrevista com Heitor Dhalia, diretor de À Deriva

Hollywood vai à praia

Em entrevista exclusiva ao site da Tpm, o diretor Heitor Dhalia fala sobre seu próximo filme, À Deriva, expectativas e planos internacionais

A última vez que a Tpm entrevistou Heitor Dhalia, em fevereiro de 2007, o diretor estava no auge do sucesso, com seu segundo longa-metragem, O Cheiro do Ralo (2006). E Heitor queria mais: ele queria Hollywood. Agora, quase dois anos depois, o cineasta carioca está cada vez mais próximo de seu sonho. Seu novo filme, À Deriva, está em fase de finalização e foi feito com o apoio da Universal Pictures, que vai distribuir o filme mundialmente. Com um elenco estrelado, que conta com Debora Bloch, o ator francês Vicent Cassel (de Doze Homens e um Segredo) e a norte-americana Camille Belle (de 10.000 a.C.), o filme narra a separação de um casal que mora em uma cidade praiana, uma história bem semelhante com a infância do próprio Heitor. O diretor falou ao site da Tpm sobre as semelhanças de À Deriva com sua vida pessoal, as expectativas depois do sucesso de O Cheiro do Ralo, a falta de público do cinema brasileiro, a proximidade de Hollywood e seus próximos projetos.

Por Flora Paul

A imprensa tem falado do filme À Deriva como se ele fosse autobiográfico. Ele é?

Não é um filme biográfico, mas é um filme pessoal. Na verdade, ele apresenta um período da minha vida, mas não é uma história real, e ao mesmo tempo é, só que ficcionada. Contém elementos pessoais, realmente biográficos, mas não é uma autobiografia.

Qual a diferença entre À Deriva e seus outros filmes (Nina, de 2004, e Cheiro do Ralo, de 2006)?

Primeiro, é um filme mais pessoal. De alguma maneira é um filme mais autoral, também, porque trata de coisas muito próximas a mim mesmo. Então, tem uma marca de autor mais forte, mais a respeito do que eu sei, e é um filme mais maduro, do ponto de vista mesmo da realização técnica, da mise-en scène [a composição da cena], de tudo. E mais delicado, mais emocionante, tem uma sensibilidade diferente da dos outros filmes. 

É mais dramático?

É mais dramático, mas de um jeito que ele respeita uma dramaturgia. Tem uma porção dramática bem elaborada, mas não exagera nisso, é um dramático bom, sabe? Não pesa a mão. Um drama, mas um drama bonito.

Além de Debora Bloch, o elenco do filme conta com o ator Vicent Cassel e Camille Belle. Como foi a escolha desses atores?

Escolhi o Vincent porque não conseguia encontrar nenhum ator, aqui no Brasil, que tivesse as características desse personagem, que é um escritor estrangeiro. Vi o Vincent falando português na televisão, totalmente por acaso, e foi incrível, porque sou superfã do cara há muito tempo. Então, mandei o roteiro para ele. Depois de quase um ano de negociação ele topou. Aí só faltava uma coisa: ele gostar de mim! Marcamos um almoço, bateu o santo na hora e foi bem legal. Foi uma experiência sensacional. A Debora é uma atriz incrível, sensacional, e acho que esse é um dos melhores papéis que ela fez no cinema. Fazia tempo que ela não fazia um filme assim; e é um personagem muito heróico, muito bacana mesmo, ela mandou muito bem. E a Camille é uma querida, uma fofa, ela é filha de brasileiros, mora em Los Angeles, e como esse filme se passa em Búzios, que é um lugar bem internacional, vi que tinha a ver. Ela trouxe um mistério para o filme, fez uma abordagem da personagem que seria difícil achar aqui. Foi ótimo, um prazer.

A personagem da Debora é inspirada em sua mãe?

[Risos] Não. É um pouco da minha mãe, um pouco do meu pai, um pouco de todo mundo. Por exemplo, ela parece fisicamente com a mãe de uma primeira namorada que eu tive, tanto que chamei a Debora porque é parecida com ela. O filme tem a ver com coisas que eu vivi na minha infância, pois passei minha infância na praia, e meus pais se separaram também nesse período. É uma leitura, mas é uma leitura transfigurada, tem um filtro da ficção.

Depois do sucesso de Cheiro do Ralo, como ficam as expectativas para esse novo filme?

Olha, as expectativas sempre são altas. Depois que faz um filme de sucesso, você fica na tensão. Mas isso durou até filmar. Depois que filmei, pensei, como sempre, que estou fazendo um filme que quero fazer, antes de mais nada. Se isso interessar mais ou menos às pessoas é um segundo quesito. Depois que o À Deriva ficou pronto percebi que é um filme ainda mais poderoso, nesse sentido de comunicação. Porque todo mundo que viu o filme amou, um monte de gente chorou, ele tem uma veia irônica, mas é um filme que emociona. E só vai melhorar, porque o filme está sendo finalizado, né? Então, acho que À Deriva vai dar muita alegria, mais ainda que o Cheiro. E é um filme que vai ter uma distribuição internacional, ele é da Universal, vai circular pelo mundo, vai ser exibido em vários países, acho que vai ter uma projeção bem maior.

Você disse à Tpm, em fevereiro de 2007, que queria chegar a Hollywood. Com o vínculo com a Universal, você acha que está chegando mais perto?

Olha, vou te falar que eu estou com um pé lá, viu? Porque eu rodo meu primeiro filme em inglês no ano que vem. Estou esquentando, acho que é uma questão de tempo para pintar um filme americano para fazer. Mas estou conseguido co-produzir cinema internacional. Tem um projeto que vou fazer fora, que é meu, mas que a co-produção vai se desenvolver em alguns países e será rodado em inglês. O esquema já rolou e talvez eu filme no ano que vem. Estou bem feliz com isso, batalhando, trabalhando para isso acontecer, me esforçando bastante, e está rolando. Os caminhos já estão feitos.

É o mesmo filme que você comentou, com a Trip, sobre guerra?

Não, mas esse está rolando também. Esse projeto novo é uma história de amor que vai se passar na Argentina, um filme meio noir, sobre relacionamentos. Sai de um país como Estados Unidos ou Inglaterra e passa por Buenos Aires e pela Patagônia. E tem outros projetos rolando como esse filme sobre guerra. São vários caminhos e vamos ver o que acontece. Mas a gente está bem encaminhado. O filme se chamará A girl and a gun, que é uma frase do Godard que dizia que para fazer um filme você só precisa de uma mulher e de uma arma.

Você fez o curta Conceição, em 1999, e depois passou para os longas, com Nina, em 2004. Qual a maior diferença entre as duas técnicas?

Foi bem rápido, passagem relâmpago, um curta e um longa logo em seguida. Com o curta você pode experimentar mais coisas. Mas acho que cada vez mais o curta também é um espaço bom para você tentar a dramaturgia. No longa você tem possibilidade real de construir uma história dramática, um movimento clássico, igual ao teatro, à literatura. Você pode fundamentar um personagem, construir uma trajetória, conflitos... No longa tem mais espaço para apresentar tudo isso de um jeito mais significativo. No curta tem que desenvolver rápido, é mais como um conto, enquanto o longa seria um romance. Mas também tem muito conto que dá filme, né?

O cinema brasileiro está com força, produções grandes, repercussão lá fora, mas continua tendo menos espaço do que as produções estrangeiras nas salas de cinemas nacionais. O que falta para reverter o quadro? Tem solução?

Olha, eu acho que tem uma porção de coisas que realmente são necessárias para que isso aconteça, e a primeira, e fundamental, é a melhoria na qualidade dos filmes. É claro que tem vários mecanismos que são falhos, e não dá para competir com cinema mais industrial, esquema de grana, distribuição, produção. Mas tem outra coisa que é o seguinte, as pessoas têm que gostar do filme, tem que ser um filme que as pessoas queiram ver. Não adianta você fazer o filme que quer fazer, não pensar em que veria e depois querer que as pessoas vejam. O Cheiro do Ralo, por exemplo, que foi um filme totalmente independente, feito com R$ 300 mil, de alguma maneira achou um público, um público grande ainda. Foi um filme muito visto no cinema, em DVD, eu tenho muito retorno do filme até hoje. Pergunto: por que foi visto? Porque tinha alguma coisa que as pessoas queriam ver ali. Acho importante fazer alguma coisa que as pessoas queiram ver, senão vira um monólogo, não um diálogo. A gente peca muito nisso. Você pega Shakeaspeare, que era o cara mais autoral de todos, gênio da literatura, e um cara totalmente encenável, montável, lido à exaustão até hoje. Dá um Google no Hamlet pra ver quantos milhões de sites você vai encontrar. O cara era um gênio e autor. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Tem autores que realmente são escritos para poucos, mas uma coisa não é inimiga da outra. Quando você se torna um autor mais maduro, faz aquilo que quer fazer e encontra um retorno das pessoas. Isso é a maturidade do autor, achar um público e estabelecer diálogo.

ESTILO ANTONIO FRAJADO MAQUIAGEM ALÊ DE SOUZA PARA OFFICECOMM ASSISTENTE FELIPE RODRIGUES ASSISTENTES DE FOTO LEANDRO PAGLIARO, BRUNO LEÃO E FELIPE BARBOSA AGRADECIMENTO 1500 BRASIL PRODUÇÕES FOTOS DIVULGAÇÃO

 

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