Chega de engolir sapo!
Relações financeiras devem ser sempre deixadas às claras
Relações financeiras, principalmente com amigos e pessoas que amamos,devem ser sempre deixadas às claras
Se já é difícil cuidar de nossas finanças pessoais, essa tarefa fica muito mais complicada quando interagimos e nos relacionamos com outras pessoas. Uma das principais causas de brigas e desentendimentos entre amigos de longa data, famílias e casais tem a ver com dinheiro. Quem não conhece, ou não tem na família, um caso de briga entre irmãos, pais, filhos ou casais por causa do verdinho que atire a primeira pedra. Os motivos podem ser os mais variados, desde um casal que briga porque um gasta muito e o outro é pão-duro até porque um só vive para trabalhar e o outro só vive para gastar. Irmãos brigando em função de uma herança, sócios se acusando mutuamente de roubo. A lista é longa.
Em pratos limpos
Uma atitude comum, e que normalmente está no início de todas essas desavenças, é o silêncio. Construímos uma relação com outra pessoa sem que as fronteiras entre o que é nosso e o que é do outro sejam claramente delineadas. Claro, muitas vezes nem a gente sabe o que quer da vida e, afinal de contas, discutir esse tipo de assunto é muito chato. Mas o risco de não discutir a relação, principalmente quando há dinheiro envolvido na jogada, é muito alto. O tempo passa, e os pequenos sapos engolidos – que parecem tão sem importância – acabam virando dragões escondidos no closet, prontos para sair e cuspir fogo queimando a casa toda. As relações financeiras com as pessoas que amamos devem ser discutidas. E as condições que acreditamos serem justas devem ser explicitadas, trazidas à tona, quantificadas e formalizadas em alguma espécie de contrato. As pessoas mudam, o tempo passa, mas o que está escrito permanece. Um contrato amplo com linhas gerais, números e objetivos – e que possa ser rediscutido de tempos em tempos – poderia evitar a maior parte das desavenças que certamente irão surgir ao longo do tempo, em qualquer relação.