Bruno Gagliasso tira a roupa ao lado de Giovanna Ewbank

Ator volta às páginas da Tpm com pouquíssima roupa – e sem papas na língua. Só não ficou 100% pelado porque a mulher não deixa

por Carol Sganzerla em

Crédito: Daniel Aratangy

12h Ao sinal de que a sessão de fotos vai começar, Bruno Gagliasso tira a roupa no meio da sala. Fica de cueca. "Por que eu não tiro tudo? Ela não deixa. Por mim tiraria", diz. Ela é a atriz Giovanna Ewbank, sua mulher e parceira neste ensaio, realizado ao longo de uma tarde em São Paulo. "Ele é muito desinibido", diz a moça, contando que dentro de casa, os papéis se invertem: ela anda nua, ele de cueca. Ela diz que não há timidez ou vergonha na vida a dois. Tomam banho de porta aberta, se trocam um aos olhos do outro. Já se vão seis anos desde que a história começou, cinco vivendo sob o mesmo teto.

13h Valendo. Bruno se joga no tapete, apoia as costas no sofá, dá aquela conferida no abdome e espera Giovanna cair em seu colo. "Como é linda, chega a dar nervoso", diz o ator, que aos 33 anos está no ar em Babilônia, sua décima novela, no papel do cafetão Murilo. Ao comando do fotógrafo os dois entrelaçam pernas, mãos, carícias, olhares. Ele diz que gosta de sexo – mas sabe que em um casamento há outras coisas tão importantes quanto isso. "É de fase, não tem essa de dizer ‘faço três, quatro vezes por semana’. Ninguém aguenta todo dia. Se vejo que ela não está a fim, chego aos poucos. Sexo é conquista", acredita. Faz parte mandar flores – ela adora girassóis–, mimos e, vez ou outra, reservar uma suíte cinco estrelas para passarem a noite. Bruno também não se esquiva de falar do tabu número um em rodas masculinas: brochar na hora H. "É impossível não ficar com vergonha. Quando você é adolescente, sente essa vergonha sozinho; junto da sua mulher, você compartilha a brochada". 

14h Os dois sobem para o quarto e ficam a portas trancadas com o fotógrafo. A risada de Giovanna é ouvida por toda casa. "Ela ri muito alto, em qualquer situação. E fala alto também, toda hora chamo a atenção dela", comenta. Bruno fala baixo, mas muito. É hiperativo, na verdade. Conta que já foi sonâmbulo e sofre de insônia. Qualquer barulho tira seu sono. Calor também o faz despertar. Ao que Giovanna reclama: "Bruno só dorme com o ar-condicionado a 17 graus. Levanto com o nariz escorrendo". Às vezes sai briga. "Porra, Bruno, eu tô doente!", ela diz com frequên­cia. "Mas a gente briga muito pouco", ele rebate. "Ela não gosta quando eu chego em casa fazendo tumulto com os cachorros (são cinco na casa onde moram, no Itanhangá, no Rio), fica puta da vida porque eles podem acabar brigando. Ah, sabe pelo que mais a gente briga? Comida. Pelo último pedaço. A Gio é gulosa."

Crédito: Daniel Aratangy

15h Pausa para o almoço. Bruno come dois ovos fritos, um filé de frango e um punhado de massa. Toma Coca-Cola. "Temos que falar do Le Manjue", lembra ele, citando o restaurante de comida orgânica do qual é sócio em São Paulo e em breve vai ter filial carioca. Bruno termina de comer e diz que se houvesse uma rede, dormiria ali mesmo. Sem essa opção, permanece na mesa e digita ao celular. Posta no Instagram uma foto com a legenda "dia animado" para seus quase 1,5 milhão de seguidores. É uma imagem do ator Marlon Brando nos bastidores de O poderoso chefão, trilogia do qual é fã. A frase "Per la mafia tutto", que tem tatuada acima do quadril, foi tirada do filme. Há outras nove tatuagens pelo corpo, entre elas o olho de Giovanna e o rosto de Charles Chaplin, que muitos estranham. "Tô cagando para quem não gosta, não fiz pro outro, fiz pra mim. Tem gente que acha a minha caveira [no braço] horrorosa, agressiva, mas ela me dá uma sensação de vida absurda", explica ele.

16h O ensaio recomeça e Bruno segue animado. Sugere cenas, elogia a mulher. "É um cara muito sedutor, o papo dele é bom, ele tem opinião para tudo. Isso foi o que me conquistou", conta Giovanna. "Porque na época que o conheci ele estava gordinho, pesava 18 quilos a mais." Na época, o ator começava a dar forma ao personagem Berilo Rondelli da novela Passione (2010), um italiano que tinha duas esposas. Um papel que, ele confessa, não o deixou feliz. "Senti vergonha de fazer o Berilo, não estava num momento bacana da minha vida. Fazia com tesão, mas foi um personagem difícil, eu não queria fazer. Eu tinha acabado de fazer um menino esquizofrênico [na novela Caminho das Índias], e Passione era uma comédia, foi uma mudança muito drástica, mexeu comigo. Queria que acabasse logo", lembra. Ao término da novela, Bruno custou a emagrecer. Ele jura que o trabalho é mais importante que a vaidade – mas gostaria de ser "todo trincado", além de cinco centímetros mais alto. "Mas não sofro e nunca sofri por isso."

17h "Posso tirar uma foto com você?", pede a manicure que está a serviço na locação. "Claro", responde o ator. Bruno não se incomoda, acostumou-se com esse tipo de assédio em 25 anos de profissão. Mas odeia ser fotografado sem saber, seja por fãs ou paparazzi. "Prefiro tirar uma selfie a ver publicada uma foto minha que não vi ser feita", diz. Talvez o problema seja fugir do seu controle – como aconteceu em 2012, quando enfrentou boatos de que poderia ser o pai do filho da modelo Carol Francischini. O casamento com Giovanna quase acabou ali. Ficaram dois meses separados e reataram antes mesmo de um exame de DNA negar a paternidade. Bruno assumiu publicamente a traição no fim do ano passado, em entrevista à Marília Gabriela em seu programa no canal GNT. "Tive vergonha da situação como um todo, mas não estava preocupado com os outros. Doeu, mas estamos aqui, não tenho que esconder, é a nossa história. Só fortaleceu a relação que tenho hoje com a minha mulher, que é mais sincera e real. Se a gente passou por tudo junto, nada superficial vai nos abalar. A gente acredita um no outro, se admira, e sabe que amadureceu com tudo o que viveu", discursa Bruno, na única vez da conversa em que desvia o olhar. Ele diz que teve medo de perdê-la. E tem até hoje. "Acho que isso mantém a gente vivo."

18h A sessão de fotos termina e os dois comemoram. No dia seguinte teria mais: fotografariam juntos para o catálogo de uma marca de moda praia. "Pode ser que amanhã eu fique mais travado, mas hoje eu estava tranquilão", diz Bruno, que nunca foi modelo. "Ele às vezes tem vergonha de fotografar. Quando tem muita gente e ele não sabe que pose fazer, fica olhando pra mim", conta Giovanna, enquanto o espera na porta da casa, de mala na mão. Eles partem. Tarde da noite, pelo Instagram, Bruno posta uma foto de Giovanna mostrando que, ao chegarem no Rio, os dois jantaram no restaurante do Copacabana Palace. "A frase é um clichê, mas é real: você precisa sempre conquistar a sua mulher." 

Vai lá: A outra parte deste ensaio, com Giovanna Ewbank como protagonista, está na Trip deste mês. Reveja também o primeiro ensaio de Bruno Gagliasso para a Tpm de julho de 2011.

Crédito: Daniel Aratangy
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