Encravada na Mata Atlântica, a casa de praia da produtora Bianca Villar fica entre a floresta e o mar – e é onde ela recarrega as energias para encarar o dia a dia em São Paulo
Todo fim de semana é sagrado. Quando não há compromisso inadiável, a família da produtora de cinema Bianca Villar, 42 anos, desce a serra, onde construiu um refúgio numa reserva ambiental, no litoral sul paulista.
Projetada pelo cunhado de Bianca, o arquiteto carioca Beto Figueiredo, a casa foi construída em um terreno difícil, uma encosta no meio da Mata Atlântica, onde a natureza é exuberante, mas intensa para conviver: umidade, maresia, muita chuva, muito sol e a fauna de pássaros e insetos batendo à porta. Em vez de fazer uma caixa de concreto, como muitos dos vizinhos, a família optou por desenhar uma casa integrada à natureza. As esquadrias de madeira garantem janelões para ventilação cruzada, e a estrutura de madeira, solta do solo, evita infiltrações e mofo. Os quartos, no andar superior, recebem luz solar direta e estão sempre “secos”.
Há 18 anos, quando Bianca mudou para São Paulo, depois de se casar com o jornalista e também carioca Felipe Zobaran, se viu numa cidade sem praias e repleta de prédios. Aonde iria recarregar suas energias? Por muito tempo alugaram casa no litoral norte. Mas, com dois filhos, Antônio, hoje com 11 anos, e Isabel, 8, as três horas de viagem ficaram cansativas. Encontrar este terreno a uma hora e meia da capital foi a solução.
Assim que a construção ficou pronta, dois anos depois, decidiram mudar da casa onde moravam, em São Paulo, para um apartamento. “Duas casas é manutenção demais”, explica Bianca. “Morando em apartamento temos mais vontade de viajar. Às vezes, ficávamos com preguiça”, conta Felipe.
A carioca, que já produziu filmes de sucesso – como Bruna Surfistinha e Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios – e abriu sua produtora, a Biônica Filmes, há um ano, encerra o papo: “Esta casa foi a maior produção da minha vida!”.
Família, família: Bianca, Antônio e Isabel na janela da sala, que fica no andar intermediário da casa. O baú, a colcha sobre o sofá e as almofadas são da loja carioca Área Objetos. A estante que guarda os livros é da Marcenaria Baraúna e a poltrona bergère é herança de família / Créditos: Valentino Fialdini
Ar livre: Fachada da casa, vista da rua. O projeto de Beto Figueredo, da Ouriço Arquitetura, deixa a casa suspensa e ventilada / Créditos: Valentino Fialdini
Brisa: Detalhe da varanda, praticamente dentro da Mata Atlântica / Créditos: Valentino Fialdini
Da praia: O hall de entrada da casa serve tanto de área de acesso aos quartos como de “estacionamento” das pranchas do marido, Felipe, e guarda-tralhas das crianças / Créditos: Valentino Fialdini
À mão: Na cozinha, as estantes de madeira fazem as vezes de armários e deixam os objetos à mostra, fáceis de pegar. Fotografia de Marcos Prado, amigo da família / Créditos: Valentino Fialdini
Cantinho: A mesinha é herança de família e a tapeçaria foi trazida de El Calafate, na Patagônia argentina / Créditos: Valentino Fialdini
Para todos: A cozinha é toda aberta e garante a integração dos cozinheiros com o restante da família e dos amigos. A geladeira industrial foi comprada na rua Paula Souza, em São Paulo / Créditos: Valentino Fialdini
Lazer: Antônio descansa vendo TV deitado em sua tartaruga gigante de pelúcia. A bancada de alvenaria com tampo de madeira foi desenhada pelo arquiteto e acomoda a coleção de DVDs. A mesa de centro é de Bali / Créditos: Valentino Fialdini
Retrato: Bel, na poltrona que era da avó, fotografa a cena. A lareira é da Casa das Lareiras / Créditos: Valentino Fialdini
Senta lá: Outra perspectiva da ampla sala. O sofá vermelho é da Forma e o sofá coberto com o tecido é da Futon Company / Créditos: Valentino Fialdini
Soneca: Quarto do casal, com vista panorâmica. Colcha e almofadas da Área Objetos / Créditos: Valentino Fialdini
Discrição: Na entrada do banheiro, cortina trazida do Japão. Iluminação da Lightworks / Créditos: Valentino Fialdini
Assim é fácil: Cantinho de trabalho, na varanda do quarto. O tampo de mesa, muito antigo, ganhou novos pés, da Tok&Stok / Créditos: Valentino Fialdini
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