Bate-estaca
Com perucas, fantasias e imaginação, eles deixam a noite de São Paulo bem mais divertida
Marcelo, a Marcelona, trabalhou com... Marcelo Ferrari, ou Marcelona, nasceu numa maternidade ao lado da boate paulistana A Lôca. De peruca e salto alto, é figura presente nos clubes de São Paulo. “A hostess mais chique”, define Duda, editora convidada desta Tpm. Além de colecionar bonecas Barbie, “velhonas, modelos anos 70”, colaborou para o site Erika Palomino com uma coluna que virou blog, o Coisas de Marcelle. Ultimamente, circula por festas classudas, como a inauguração da loja de Marc Jacobs. Mas volta a A Lôca de vez em quando: “Adoro, mas não tenho mais saúde”. O clube é famoso pelas noitadas até dez da manhã... |
O jornalista Sergio Amaral entrou para o site Erika Palomino por ser démodé no quesito boate. “A Erika achou engraçado eu dizer que frequentava o Massivo e a Disco Fever – na época clubes gays e fora de moda – e me contratou como estagiário”, conta. Nove anos depois, ele virou editor do site e continua indo a lugares fora de moda, como o boteco da esquina de casa. “Quando você anda muito no circuito da moda, esquece que o mundo não é cor-de-rosa e que a rua não é um perigo”, completa. Morador do centro de São Paulo, uma vez por mês toca na festa Bafo Bafon, no vizinho Clube Glória. | |
Em cima da máquina de lavar roupas, o carioca Felipe Venancio gostava de ouvir o “tuts tuts” do vizinho. Aos 12 anos, se animava com a batida eletrônica que soava de algum club do Méier, bairro tradicional do Rio. Aos 40, é um dos DJs brasileiros mais reconhecidos mundialmente – e talvez o que tenha feito mais dinheiro com a profissão. Seu público paga caro para entrar numa casa noturna. Ele já fez remix para Roberto Carlos e Cláudio Zoli e toca um som influenciado pela disco music, o house. Em São Paulo, uma vez por semana vira a noite no Club Royal e, mensalmente, na Pink Elephant. |
Edu Corelli já foi a drag Selma Self Service. Na década de 90, “numa fase que muita gente em São Paulo saía vestida de mulher”, o DJ teve bulimia para entrar no personagem. “Foi uma peruca que passou na minha vida ”, conta. Aos 40 anos, o paulistano que já trabalhou como bilheteiro de teatro mambembe e largou o curso de psicologia por causa da noite espia a pista de dança, analítico: “A pista é um divã, faz o povo rir e chorar”. Edu não se veste mais de mulher, mas uma vez por mês encarna DJ Dragão de Comodo, ao lado de Johnny Luxo e Leiloca, na festa Luxo Pop Show, no Clube Glória. |