As madames brasileiras...

por Tania Menai em

O papo de todas as rodas na cidade todo mundo já sabe: as mil e uma noite que o – agora – ex-governador Spitzer, do estado de Nova York, passou com prostitutas como Miss Ashley Alexandra, de 22 aninhos. A menina mora num prédio chiquérrimo na rua 25, coisa que só poderia ser paga por gente com o dobro da idade dela, um emprego daqueles e alguns diplomas universitários. Uma inquilina com o perfil dela, já daria pra desconfiar. Diz-se em Nova York que o homem mais sortudo da cidade é o “client number 8” – ninguém quer saber quem ele é. Já o “número 9”, nosso ex-governador, está pagando todos os pecados – e não são poucos. Aliás, já pagou muito por eles. Resta saber se foi com dinheiro de campanha. O pior: ainda leva a esposa, mãe de suas três filhas, para o palco e a expõe para o mundo.

O pior ainda é saber que tal Andréia Schwartz, a prostituta capixaba que foi capa de todos os jornais há dois anos (cheguei a entrevistar o advogado dela e ir ao tribunal, onde todos os guardas faziam piadinha sobre moça) estaria envolvida neste caso também. Quando a Andréia aparece na mídia, dá vergonha de falar por aí que você é do Brasil. Principalmente pros motoristas de táxi. Eles escutam rádio o dia todo, sabem de tudo. “Ah, you are Braziiiiiilian....Hmmmmmm”.

Recebi um e-mail de uma antropóloga respeitadíssima sobre ela – a mensagem está rodando entre os americanos, e leva o título de Brazilian Madam. Vejam como nossa Andréia colabora para a nossa reputação! Esta semana já decidi: quando me perguntarem se sou italiana, francesa, israelense ou grega (as perguntas giram sempre em torno destas quatro nacionalidades), vou chutar uma delas. Sei lá, sou de Bologna, Tel Aviv, Atenas, Paris! A boa notícia é que Andréia está sendo deportada hoje! Semana que vem, quando esquecerem da donzela, volto a ser carioca.
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