Arroz de Badulaque
Na comemoração de oito anos da revista, desvendamos o mistério dos arrozes de Badulaque
“Vamos pedir uma foto do Xico Sá criança?”, pergunto. “Não, Nina, ele é muito arroz de Badulaque”, ouço. A frase, dita pela produtora Regina Trama durante a nossa reunião de pauta, nos despertou para um fato óbvio. Desde que esta revista foi criada, existem pessoas que já saíram fazendo de um tudo nesta seção. São amigos da Redação que já pagaram micos bizarros.
Como o jornalista e escritor Xico Sá. Ele é, sem dúvida, o maior arroz de Badulaque desses oito anos de Tpm. Já aceitou (de graça) posar caído na rua, abraçado a uma garrafa de vinho. Em uma mesma edição, beijou os pés de Nina Lemos usando uma bota-pata-de-bode e foi citado por ela como exemplo de amigo mentiroso. Xico, aliás, é citado em tudo. Querem citar homem legal que não dirige? Xico. Querem falar de quem era nerd quando criança? Xico.
Quando o assunto é moda, temos nossos arrozes-fashion. O editor-chefe da revista Daslu, Mario Mendes, ouvido sempre que o assunto é moda, já posou vestido de cafona e já deu conselhos para nossas leitoras muitas vezes. Nesse campo, os estilistas Rita Wainer e Marcelo Sommer são outros que estão toda hora em nossas páginas. Rita já contou como era nerd quando criança, como eram seus Dias dos Namorados na escola e suas festas de Natal. E Marcelo, bem, ele até já se entregou por aqui contando como conseguiu escapar do exército mentindo para um general.
No quesito macho de plantão, o escritor Ronaldo Bressane, colaborador da Trip e da Tpm, é quase tão usado quanto Xico Sá. Os dois juntos participaram de um chá de vidente organizado pela gente. Tudo isso de graça. Ronaldo ainda faz várias participações com pseudônimo. Mas não vamos contar quais e entregar nosso amigo!
Os arrozes de Badulaque mudam com o tempo. O cantor e compositor Tatá Aeroplano, por exemplo, começou a sair direto de um ano para cá. Motivo: ficou amigo da Nina. Sim, ela, que escreve este texto falando sobre si mesma na terceira pessoa, espera não ser demitida ao fazer essas confissões. Mas a verdade é: vira arroz de Badulaque quem é amigo. E, de preferência, quem está ao alcance do meu teclado, no meu MSN.