Ana Luiza Gomes

A mineira Ana Luiza Gomes, 30, é designer recém chegada em São Paulo e na capital trabalha como Editora de Arte de Projetos Especiais na Editora Trip. É ela quem cuida do visual da Casa Tpm e do Transformadores. 

A relação de Ana com a moda sempre esteve ligada ao design, e a escolha do que veste vai no mesmo caminho. Ela ama texturas, e ama mais misturá-las, "um couro pesado com um algodão leve". Recentemente, participou de uma consultoria de estilo e conta que redescobriu seu armário. "Percebi que transito por dois estilos, entre a menina doce e a mulher forte. Entendi as cores que ficam bem em mim e comecei a abusar de looks coloridos. Antes, usava muito preto."

Peças coringas conquistam a designer logo de cara, e investir nelas é seu segredo pra manter um estilo versátil. "Nunca fui super consumidora de moda, aliás, quem abre meu armário geralmente se espanta com as poucas peças que tenho." Mesmo assim, explica que não tem apego a nenhuma roupa, e quando lhe sobra tempo, adora descobrir novas marcas. A Jardin - que Ana usou na Semana de Moda - é uma delas. "Adoro porque é atemporal. As peças resistem não só às modinhas da estação como ao uso constante: o acabamento e qualidade são impecáveis." Ir à feira hippie de Belo Horizonte e garimpar bolsas também é um passatempo que recomenda: "Se você está em BH, vá a barraca da Inovatto. Procuro incentivar o consumo local e os pequenos produtores. Ainda estou nesta busca por pequenos criadores em São Paulo."

Quando não está trabalhando, ela se dedica aos seus projetos do coração, e "com muito carinho". Um deles é pura diversão: ela visita exposições em São Paulo, ao lado da amiga Anita Giansante, e juntas tiram fotos pulando dentro dos museus. A brincadeira é toda pro #wejump, uma hashtag colaborativa de imagens de uma galera sempre pulando em meio às exposições de qualquer lugar do mundo. A mineira  também escreve uma série de textos chamada SINESTESIA pra uma revista virtual de jovens autores, a Confeitaria. Mais um projeto, o O Brasil com S, é uma biblioteca sobre a complexidade da identidade brasileira, que ela faz em parceria com a pesquisadora Mayra Fonseca. 

E tem ainda sua cria preferida, o blog colaborativo A Pattern a Day. Ele surgiu inicialmente como um blog de design, de moda e de estamparia. "É fruto de uma pesquisa feita para um livro sobre a história de vida da minha avó – costureira de mão cheia." Com o tempo, o espaço foi ganhando outro perfil, menos voltado para o consumo e mais orientado para a reflexão a respeito de comportamento, arte e cultura.

Vai lá: A Pattern a Day / O Brasil com S / #wejump / Confeitaria

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