A Inglaterra é logo ali

Tpm estreia novo blog com colaboradora que mora em Londres

por Marcela Paes em

Às vezes a gente se esquece, mas a verdade é que adoramos saber as curiosidades e peculiaridades de quem mora em outro país. Nosso lado "espião" se atiça com a possibilidade de sabermos como são as comidas, as pessoas, as baladas, os parques e até as sensações. Para saciar nossa curiosidade, traremos um novo blog para a Tpm. Desta vez, a palavra está com Marcela Ferri, 30, formada em Rádio e TV e Cinema, mas o que nos interessa mesmo é ser apaixonada por Londres e morar lá. 

Morando fora do Brasil há quatro meses, Marcela dará vida ao Um chá, por favor, com estreia nesta terça. Ela mesma já se entrega como apaixonada por palavras, fotografias, cachorros, água, letreiros de paetê e tinta. Não temos dúvida de que encontramos nossa representante ideal na charmosa vida londrina.

Antes de Marcela contar os detalhes da sua vida em Londres, batemos um papo para nos sentirmos mais íntimas. Pois, então, muito prazer. Não nos esconda nada e nem se esqueça do chá, hein?

Quando você se mudou pra Londres e como está sendo a experiência de morar aí?
Me mudei em abril deste ano e tem sido um eterno aprendizado. É muito maluco ficar 90% do tempo apenas com você. É um processo de auto-conhecimento muito grande algumas vezes assustador, porque no fundo, ninguém sabe quem é 100%. Acredito até que se conhecia 10% da minha própria personalidade, era muito.

Qual a principal diferença entre a vida aí e em São Paulo?
É tudo muito diferente. Primeiro que temos acesso a todo tipo de informação muito antes aqui, né? O contato com gente do mundo inteiro também é outro diferencial. Lembro que logo que cheguei aqui fui a uma festa, conheci gente de todos os cantos e daí saiu a primeira pérola: "Ninguém é inglês na Inglaterra". A outra coisa é que nasci e cresci em SP né? Era tudo confortável e disponível. Aqui é diferente, é como dar um boot na vida e aprender tudo de novo, só que com 30 anos.

Como e quando você começou a fotografar?
Olha, minha primeira câmera de verdade ganhei de presente de natal em 2002. Era uma SLR Canon analógica. Na época eu tinha um namorado que tinha banda então comecei a "exercitar" tirando foto de banda e aí peguei gosto pela coisa. Veio o digital e o fotolog, aí começaram as fotos nas noites. Lembro de estar em um show do Hurtmold e que estava lá fazendo umas fotos. Acho que foi a primeira vez que entrei em "transe". Eu me vi dentro da música e só tinha olhos e ouvidos para as fotos que estava fazendo. É o que as pessoas normais chamam de foco, né? Em 2007 fui morar em Los Angeles, ai lascou né? Muita coisa para fotografar, cores, pessoas, ai já não tinha mais como me "desapaixonar"...

O tempo feio desanima? Atrapalha na hora de ter inspiração?
Ai, desanimar, desanima né? Entre a roupa cinza e a roupa colorida linda você escolhe qual? Mas para inspiração não atrapalha não. Inspiração vem do coração. Se o tempo está feio, do coração podem sair coisas lindas e coisas não tão lindas, mas densas. Eu particularmente crio melhor quando estou triste, quando estou muito feliz fico embriagada com a felicidade e paro de prestar atenção no que deveria.

E quando a saudade do Brasil bate?
Putz, eu choro, né? Hehehe. Mas temos tantos recursos que aproximam que nem fica tão sofrido. Óbvio que não é a mesma coisa. Sinto falta da presença, do toque, mas já ajuda muito. O mais punk para mim é a saudade dos meus cachorros.

O que as leitoras podem esperar do seu blog?
O inesperado e um pouco do óbvio. Mas risadas vão ter, sempre têm. ;)

Vai lá: https://revistatrip.uol.com.br/blogs/umchaporfavor

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