A arte de fazer xixi em pé

Lembro que quando era criança lançaram um produto que permitia que a mulher fizesse xixi em pé. A tal novidade era um cone de papel e foi muito comentada. Parecia um grito de libertação, assim como o sutiã Lib (aquele de adesivo) e o seriado Malu Mulher. Pois não é que outro dia estou no Facebook e vejo um anúncio do Woman Free, feito para fazer xixi em pé, igual ao dos anos 80?

Eu nunca tive esse sonho de fazer xixi em pé. Devo ter sim a inveja do pênis de que Freud tanto fala, mas ela está bem inconsciente. Não tenho nada contra o ritual de abaixar a calcinha e sentar na privada. Mesmo. Só que tenho mania de inventar roubadas para mim mesma. Por isso fui testar o cone de fazer xixi em pé.

Foi uma experiência esquisita. Esquisitíssima. E que eu não pretendo repetir. O produto parece um coador de café! E você precisa segurar aquele pau de papel (que nem parece um pau de verdade, mas você tem que segurar como os homens seguram os seus). A sensação, para mim, foi horrível. Me senti: 1- pouco feminina, 2- ridícula, 3- com vergonha de mim mesma.

Se funciona, ah, funciona. Mas não vou contar mais detalhes porque achei tudo muito repugnante! Quando falei da novidade, quer dizer, do revival, na Redação, as meninas falaram: “Ah, é bom pra levar em shows, esses lugares que só têm banheiro sujo, ou não têm banheiro”. Podem me chamar de careta. Mas eu prefiro ficar apertada, apertadíssima, do que usar o Woman Free. E o nome é esquisito, não? Liberdade é ter pau de papel? Acho que não. Mas, bem, isso é o que eu sinto. Se você quiser testar, vai lá! Eu tô fora!

Vai lá: www.womanfree.com.br