Zero a zero

35 anos depois de lançado, o livro Zero, de Ignácio de Loyola Brandão, vai pro Twitter

por Redação em

Um dos livros mais inventivos da literatura brasileira, Zero, de Ignácio de Loyola Brandão, está sendo twitado desde essa quarta-feira. Segundo Daniel Brandão, filho do autor, a ideia é "recontar a história do Zero, com as informações essenciais, na mesma ordem do livro, mas utilizando os recursos que o twitter permite". Os recursos, no caso, são  links com as imagens e músicas sugeridas na versão impressa.

Brandão é um dos idealizadores da empreitada, que surge como parte da comemoração dos 35 anos do livro. Publicado originalmente na Itália, por causa da censura da ditadura militar, Zero chegou a ser recusado por 11 editores. Acabou lançado por aqui em 1975, depois de muita batalha.

Com seu "realismo feroz", como o definiu o crítico Antonio Cândido, o livro, bastante cultuado, marcou época: não apenas denunciava, através de metáforas evidentes, as crueldades da ditadura miltar, como representou também uma revolução visual, com uma série de invenções gráficas e ousadias formais.

Para "traduzir" a estrutura multifacetada de Zero, cuja "linguagem radical dialoga muito bem com o twitter" Brandão convocou alguns amigos, como os escritores Ronaldo Bressane e Marcelino Freire, e os jornalistas Guilherme Werneck e Daniel Benevides.

O próprio autor deu seu aval:"ele não ainda não entendeu direito, mas tá superconcordando", entrega Brandão.

Segue lá: http://twitter.com/Z_ER_O_O

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