O psicólogo Bruno Logan, dono
de um canal no YouTube sobre
redução de danos no contexto
das drogas, nos ajuda a
entender onde está a saída
para a cracolândia

Por: Nathalia Zaccaro
Foto: Alessio Ortu/ divulgação

Viciados em
crack precisam
do quê?

“A ciência já provou que
internação compulsória para
dependentes químicos não
funciona”, explica Bruno

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“Quem defende internação
compulsória não quer
resolver o problema,
só quer se livrar dessas
pessoas. O problema ali
é a vulnerabilidade.
Não é só a droga”

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O psicólogo trabalhou por três
anos na Cracolândia na ONG É de Lei,
que oferece apoio aos usuários com
estratégias de redução de danos

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A prática consiste em
minimizar os prejuízos
sociais e à saúde associados
ao uso de substâncias
psicoativas

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“Distribuímos as piteiras
de silicone e protetor
labial, por exemplo.
Um lugar pra dormir,
possibilidade de inserção
social”, explica

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Para Bruno, a percepção
de que os dependentes não
têm condição de decidir
o que é melhor pra eles
é uma falácia

Crédito: reprodução

Eles querem cuidados
e podem decidir parar.
Mas, para que essa decisão
aconteça, é preciso
respeitar o indivíduo,
o cidadão. Trazer a pessoa
para perto da ajuda, com
cuidado e informação”

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No Brasil, o problema ainda
é cercado de muito preconceito

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O crack está longe de
ser a droga mais perigosa
que existe. O álcool é a
droga mais perigosa que
existe. É um tabu”

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Em seu canal no YouTube,
RD com Logan, ele fala
abertamente sobre o
assunto na tentativa
de trazer luz ao debate

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Em um dos vídeos mais populares,
Bruno dá dicas de como fumar
crack reduzindo os riscos

Foto: Alessio Ortu/ divulgação

“Se tiver que compartilhar
o cachimbo, o que você pode
fazer é usar uma piteirinha
de silicone para evitar
o contato da boca com o
metal”, ensina no vídeo

Foto: Alessio Ortu/ divulgação

“Sei que as informações
estão sendo úteis por aí.
Minha conta do Facebook já
foi bloqueada três vezes
por apologia ao uso de
drogas. Outras vinte vezes
tive problemas na internet
por tratar do assunto”

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“Não estou fazendo
apologia, estou falando
sobre um assunto que existe
e diminuindo os riscos de
quem é usuário da droga.
É ilusão achar que, se a
gente não falar sobre o
assunto, ele não existe”

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Conteúdo que transforma

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