Faxineira, palestrante e escritora, Veronica Oliveira fala sobre os preconceitos em torno do trabalho doméstico no canal Faxina Boa
"Eu não sou burra porque estou Lavando privada"
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Veronica Oliveira não cresceu com uma vida difícil, mas, em 2015, a empresa de telemarketing onde trabalhava fechou e ela se viu desempregada com dois filhos para criar
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Foi aí que entrou pra vida da faxina. Aos 35 anos, por insistência de uma amiga, topou o serviço em troca dos R$ 150 e se encontrou
Ao decidir mudar de profissão, não faltaram olhares de pena dos amigos, dos clientes ou desaforos como “você é tão bonita pra ser faxineira”
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"Quando as pessoas percebem que eu tenho Conhecimento, que falo Inglês, um pouco de japonês, dizem: 'Se você é inteligente, por que Trabalha com faxina?'", Conta ela
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“Trabalho honesto não é pra ter vergonha", diz Veronica, que sentiu na Pele os estereótipos que Cercam o serviço doméstico
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"Quando eu vi que as pessoas não entravam no mesmo elevador que eu, que me davam comida velha, pegavam coisa que literalmente era lixo e falavam: 'Olha, separei umas coisinhas pra você', Eu falava: 'Gente!'"
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"E aí eu resolvi realmente usar a internet pra falar sobre isso porque as pessoas não precisam julgar nem colocar esses estereótipos ridículos em qualquer prestação de serviço, não só na limpeza"
Assim nasceu o canal Faxina Boa, que já acumula mais de 300 mil seguidores e discute a discriminação que sofrem milhares de profissionais no Brasil
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"O cara que está dirigindo o carro por aplicativo não é burro porque ele está fazendo isso, eu não sou burra porque estou lavando privada", diz
"A pessoa que está fazendo qualquer trampo, se você precisa dele, não é inferior nem não tem capacidade de fazer outra coisa. Se todo mundo quiser ser presidente da empresa, quem vai trabalhar nela?"
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Ainda que seus vídeos já tenham sido assistidos algumas milhares de vezes e seu rosto estampado reportagens em revistas, na internet e na televisão, Veronica nega o título de influenciadora digital
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Mulher preta, mãe solo, sem paternidade no registro, palestrante, criadora de conteúdo e faxineira, ela prefere ser chamada de inspiradora digital
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"Não quero influenciar nada, nem ninguém. Quero que as pessoas se inspirem a lutar por elas"