A escaladora Aretha Duarte juntou dinheiro catando material reciclável para se tornar a primeira mulher negra latino-americana a chegar ao cume do Evereste
foto: Gabriel Tarso
Uma mulher preta no topo do mundo
Um princípio de edema pulmonar e queimaduras na retina foram os menores desafios de Aretha Duarte em sua jornada ao topo da maior montanha do mundo. Muitas outras barreiras vieram antes disso
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Com o incentivo da mãe, a paulista natural da periferia de Campinas foi a primeira pessoa da família a fazer faculdade – ela se formou em Educação Física pela PUC de Campinas
Foi quando trabalhava como guia de montanhas em uma agência que nasceu o sonho de escalar o Evereste. E com ele um grande obstáculo: conseguir o dinheiro para a viagem
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“São aproximadamente 400 mil reais, considerando todos os aparatos necessários, para a expedição acontecer”, conta
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Para conseguir a quantia, Aretha se voltou a uma atividade a qual já havia recorrido quando pequena: a catação de resíduos recicláveis
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“Desde quando decidi que iria escalar o Evereste, todos os dias eu trabalhei para alcançar o recurso financeiro e tentar garantir a manutenção física para realizar essa expedição”
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“Diariamente eu tinha que ir até os locais de coleta, se necessário fazer uma separação, e vender. Foram 500 quilos de material Reciclado por dia e 130 toneladas ao final do período de 12 meses e meio”
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A catação de resíduos rendeu 35% do valor necessário para a aventura. O restante veio das economias no trabalho como guia, de uma vaquinha on-line e de patrocinadores que se interessaram por sua história
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Aretha ainda precisou conciliar o esforço para financiar a expedição com a busca por condicionamento e resistência física para realizar a façanha, que foi concluída por apenas 26 brasileiros
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“Eu corria, eu pedalava, eu nadava, eu fazia treinamento funcional com uma personal. Eu treinava praticamente Seis dias por semana”
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Em abril de 2021, depois de uma longa preparação, ela se viu diante do Evereste e da subida de 8 mil metros que a separava de seu objetivo
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E não foi fácil chegar ao topo. Durante a escalada, quando as dificuldades apareciam pelo caminho, ela se apegava ao motivo pelo qual estava ali
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“Eu lembrava que não era mais a minha escalada, eu lembrava que era uma legião de um monte de pessoas pretas, mulheres e homens, querendo que eu chegasse”
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"O Evereste é só uma parte do meu objetivo. Quero que as experiências que eu vivi sejam expandidas às mulheres, às pessoas periféricas e pretas”