Vencedor do primeiro campeonato de street do Brasil, em 1987, Antônio dos Passos Jr., o Thronn, ainda domina as ruas – agora da Califórnia – com três pinos no fêmur e uma câmera na mão
Por: joão de mari
A ERA DE THRONN
foto: PETRONIO VILELA
Na década de 70, Thronn tinha 7 anos quando viu pela primeira vez skatistas descendo uma ladeira na Gávea, no Rio de Janeiro, e se encantou pelo esporte
foto: PETRONIO VILELA
De volta à São Paulo, sua cidade natal, começou a praticar umas manobras com o skate que ganhou dos patrões da mãe, que trabalhava como empregada doméstica
foto: arquivo pessoal
Aos 18 anos, ele participou de seu primeiro campeonato. Como as inscrições para a modalidade amadora estavam esgotadas, Thronn competiu entre os profissionais no free style e ficou em sétimo lugar
foto: reprodução
Só quatro anos depois ele pôde disputar (e ganhar) na modalidade que o consagrou. Quando rolou o primeiro campeonato de street por aqui, em 1987, Thronn estava se recuperando de uma torção no pé
foto: reprodução
foto: PETRONIO VILELA
Diz a lenda que ele comeu um punhado de cogumelos alucinógenos que encontrou na volta da pista pro hotel, esqueceu a dor e venceu a competição
foto: arquivo pessoal
Como o skate demorou pra ser reconhecido como esporte no Brasil e era difícil conseguir bons patrocínios – mesmo para um campeão brasileiro –, ele decidiu mudar-se para a Califórnia
O plano só se concretizou em 2005, quando já não andava como antes – em 2001, uma fratura lhe rendeu três pinos no fêmur. Mas ele nunca deixou de dominar as pistas
foto: ANA PAULA NEGRÃO
Além de lançar suas próprias manobras, Thronn começou a fotografar a cena do skate em Venice, o que lhe rendeu trabalhos como correspondente internacional para diversas publicações
foto: ANA PAULA NEGRÃO
Em 2022, aos 56 anos, ele reúne seus registros das duas últimas décadas numa exposição no Centro Cultural Vergueiro, em São Paulo, revelando um olhar para o mundo do skate de um ângulo completamente diferente