Rola sempre um mesmo roteiro quando Péricles abre a porta de casa pra receber um entregador, rotina que se tornou mais frequente na pandemia
“Quando eu peço comida, os motoboys sempre me perguntam como eu tô, como está a minha saúde, se estou me cuidando e se eu já tomei vacina”
“Cuidam de mim como se eu fosse da família. Esse carinho é muito bonito, me emociona”
“Eu tenho atenção e carinho com as pessoas e isso me aproxima delas. Pra mim, artista precisa se posicionar e falar sobre as coisas. Eu, por exemplo, indico que todo mundo tome a vacina”
Mesmo longe dos palcos, Péricles conseguiu manter e tornar ainda mais intenso o relacionamento com seus fãs
“Tenho necessidade de falar com as pessoas, passar algo de bom pra frente. Fazer com que a minha voz seja ouvida e contribuir para vida dos outros”
“Durante a pandemia, dei dica de game, de livro, de filme, ensinei e aprendi a fazer bolos. Entendi que gravar um vídeo dizendo ‘bom dia’ de manhã pode mudar a vida de alguém”
“Bati muito papo com a galera e foram experiência ótimas, que deixaram a gente mais junto nesse período em que todo mundo se sentia um pouco sozinho”
A rotina mais caseira trouxe para Péricles um momento muito especial: acompanhar de perto os primeiros meses da vida de sua filha, que nasceu em janeiro de 2020
“Curti intensamente o nascimento e crescimento da Maria Helena. Sinto que estou me tornando um pai melhor”
Mas nem só de paternidade e receita de bolo está vivendo Pericão. Tem muita música boa também
“Estou participando do Black Voices, do YouTube, e, pra cantar comigo nesse projeto, chamei a Liniker”
“Ela é um arraso, canta demais e tem uma presença fora do comum. A maneira como ela lida com melodia me chama atenção. É uma voz que o mundo precisa conhecer”
“Produzimos também um minidoc em homenagem a nomes da música preta, que pavimentaram a black music brasileira. Artistas como Jorge Ben, Toni Tornado, Paulo Diniz e Golden Boys”
“A luta preta é gigante, mas através da música a gente quebra barreiras”