Com a invasão na Ucrânia,
o rádio de ondas curtas, um meio
de comunicação usado na Segunda
Guerra, voltou a informar ouvintes
nos dois lados da disputa.
Entenda o que está rolando

Ondas livres
de censura

O rádio de ondas curtas é
uma ferramenta importante em
zonas de conflito há décadas.
Foi utilizado em guerras,
para enviar códigos para
espiões na Coreia do Norte
e também para atravessar
a Cortina de Ferro
durante a Guerra Fria

Com o avanço da tecnologia
– a chegada de formas
mais modernas de rádio
e da internet –, as ondas
curtas acabaram saindo de
cena. A BBC, por exemplo,
aposentou as transmissões
nessa modalidade na
Europa há 14 anos

Mas a guerra na Ucrânia
fez com que a emissora
britânica voltasse a utilizar
frequências de rádio para
transmitir suas notícias
durante quatro horas
por dia em Kiev, a
capital da Ucrânia,
e em partes da Rússia

Isso porque a Rússia
instaurou a censura militar
sobre a imprensa que opera
no país, prevendo até 15
anos de prisão a jornalistas
que divulgarem o que o
governo considere fake news
sobre a guerra. Além disso,
bloquearam redes sociais
como Twitter e Facebook

É aí que as ondas curtas
têm vantagem. Ainda que
o nome indique o contrário,
a transmissão pode percorrer
longas distâncias e ser
acessada por rádios
portáteis, diferente das
comunicações tradicionais
de rádio em “ondas longas”

Isso significa que a redação
da rádio não precisa estar
na Ucrânia ou na Rússia
para transmitir os sinais
para os ouvintes nesses
países. E, assim, não
estão sujeitos à censura

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