7 momentos que provam
que o evento vai muito
além do esporte

Por: yasmin santos
IMAGENS: REPRODUÇÃO

Olimpíadas:
política,
ilusionismo
e superação

#1

Ursinho Misha

Um dos mascotes mais
carismáticos da história
dos Jogos, Misha chorou
no encerramento da edição
de Moscou (1980), em um
mosaico orquestrado, fazendo
uma ilusão jamais vista
nas Olimpíadas

Os EUA haviam boicotado os
Jogos na capital soviética,
e a edição foi uma das
menores em atletas. Ainda
assim, a despedida de Misha
é um dos momentos mais
lembrados das Olimpíadas

#2

Protesto
antirracista

Tommie Smith, que já foi
um dos homens mais rápidos
do planeta, e John Carlos
subiram ao pódio dos Jogos
do México (1968) com os punhos
cerrados, em referência
aos Panteras Negras

O gesto ocorreu depois
do assassinato de Martin
Luther King Jr, e custou
caro aos atletas. Os dois
foram suspensos da equipe
americana de atletismo e
mandados de volta para casa

#3

Flecha de fogo

A abertura dos Jogos de
Barcelona (1992) foi ousada.
Com uma flecha em chamas, o
espanhol Antonio Rebollo mirou
a pira olímpica. Pura emoção

Anos depois, foi revelado que
o grande ato não aconteceu
exatamente da forma que
imaginávamos. O arqueiro,
propositalmente, não acertou
a pira. A flecha caiu numa
praça atrás do estádio

#4

Ouro negro na
Alemanha nazista

Em 1936, Jesse Owens
se tornou o primeiro
atleta a abocanhar quatro
medalhas de ouro em uma
única Olimpíada. Hitler
se recusou a cumprimentá-lo
com aperto de mão

Mas não foi ele quem
mais o decepcionou. “Não
foi Hitler que me ignorou,
quem o fez foi Franklin
Delano Roosevelt. O
presidente nem sequer
me mandou um telegrama”,
revelou anos depois

#5

Sonho interrompido

Liderando a maratona
olímpica até o quilômetro
36, Vanderlei Cordeiro de
Lima foi agarrado por um
espectador da prova e impedido
de prosseguir na corrida
nos Jogos de Atenas (2004)

A curta interrupção foi
o suficiente para fazer
o atleta quebrar o ritmo da
prova e acabar conquistando
o bronze. Pela perseverança,
recebeu do COI a Medalha
Pierre de Coubertin

#6

Desgaste máximo

A maratonista Gabrielle
Andersen-Scheiss foi a 37ª
colocada na Olimpíada de
Los Angeles (1984). A suíça
chegou praticamente rastejando
ao estádio, atormentada por
cãibras e dores

A determinação de Gabrielle
levou os paramédicos, que
temiam que ela sofresse
algum colapso, ao desespero.
A atleta se tornou conhecida
mundialmente e é tida como um
símbolo do espírito olímpico

#7

Perfeição

Aos 14 anos, a romena Nadia
Comaneci encantou o mundo
e os jurados nos Jogos de
Montreal (1976), ao receber
a primeira nota 10 da história
da ginástica artística

No final da apresentação,
o público levou um susto.
O placar mostrava a nota
“1.00”. Como um dez
perfeito nunca havia sido
atingido antes, ele não
estava programado para
registrar a nota

Conteúdo que transforma