Trazendo uma visão alternativa
do esporte dominado por homens,
o livro da estadunidense Gabriella
Angotti-Jones “I Just Wanna
Surf” reúne fotografias de surfistas
negras e pessoas não binárias
em meio às paisagens exuberantes
da Califórnia à Costa Rica

Por Camille Mello

O SURF É
PARA TODOS

Crescida em uma família
interracial na Califórnia,
Gabriella Angotti-Jones
sempre nutriu a paixão
pelas ondas, mas se sentia
deslocada com o estereótipo
associado ao esporte

“A maioria das pessoas
que surfam são amadores.
Nós surfamos para nos
divertir e fazer xixi nas
roupas de mergulho.
O surf é muito mais
divertido do que a forma
como ele é apresentado:
tão estéril, branco
e masculino”

Gabriella Angotti-Jones,
fotógrafa, em entrevista à Vogue

Então, quando ela começou
a tirar fotos para o livro
no final de 2018, se
concentrou em mulheres negras
e surfistas não binários,
um grupo extremamente
sub-representado na
cultura do surf

“Eu só queria mostrar
mulheres negras, pessoas
não binárias, e pessoas
negras em geral, no
contexto do surf. Achei
que era uma forma
superpoderosa de contar
nossas histórias e dizer
'Sim, estamos aqui.
Estamos surfando'

Gabriella Angotti-Jones,
fotógrafa, em entrevista à CNN

Além de apresentar uma
abordagem alternativa
do esporte, o livro
de Angotti-Jones também
documenta sua própria
jornada com o surf
e a depressão

“Associei o oceano ao
trauma da minha vida.
Este livro é menos sobre
o ato de surfar e mais
sobre as pessoas com
as quais você se conecta
e se reúne no mar,
e a comunidade que
está ao seu redor”

Gabriella Angotti-Jones,
fotógrafa, em entrevista à Vogue

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