Escrevendo sobre as contradições
e desigualdades do país, a mineira
se tornou um dos grandes nomes
da nossa literatura

Por: Carol ito
FOTo: Arquivo público do estado de SP

O Brasil
de Carolina
Maria de Jesus

Carolina Maria de Jesus
(1914-1977) passou a infância
em Sacramento (MG), onde
começou a escrever sobre
sua realidade, enquanto
mulher negra e periférica

Foto: Arquivo Público do Estado de SP

“Ela frequentou a escola
apenas durante dois anos
e escreveu a vida inteira”,
conta João Fernandes,
diretor artístico do
Instituto Moreira Salles
(IMS), que homenageia sua
obra com uma exposição

Foto: Arquivo Público do Estado de SP

Ainda na infância, Carolina
e a mãe foram presas por
andarem com livros na rua,
episódio que marcaria sua
vida e sua escrita

Foto: Reprodução

“A polícia julgou que
não estariam carregando
um livro por bons motivos,
inclusive, suspeitaram de
feitiçaria”, explica João

Foto: Arquivo Público do Estado de SP

Durante 20 anos ela escreveu
poesias e textos para um
jornal carioca, mas foi
o livro "Quarto de Despejo",
publicado em 1960, que
a tornou nacionalmente
conhecida

Foto: Acervo UH/Folhapress

A obra narra o cotidiano
cruel da favela, do trabalho
como catadora de papel
e da dificuldade em criar
os três filhos na comunidade
do Canindé, em São Paulo

Foto: Reprodução

O livro se tornou best-seller
e foi traduzido em treze línguas,
embora o êxito não tenha se
estendido para as obras seguintes

“O sucesso dela diz
muito sobre a branquitude
e cultura dominante no
Brasil. Estavam mais
interessados no exotismo
do fenômeno do que em
seu projeto de escrita”,
explica João

Foto: Arquivo Público do Estado de SP

Foto: Arquivo Público do Estado de SP

“Muitas vezes, Carolina
é vista como uma
representante da
fome e da exclusão,
mas sempre lutou
contra a imagem
de vítima, era
uma lutadora”

“Também foi uma das
que mais lutou pela
emancipação da mulher
no Brasil. Carolina
não aceitava a dominação
do homem que via nos
casamentos da época”

Foto: Arquivo Público do Estado de SP

A vida e a obra da escritora
são homenageadas na mostra "Carolina Maria de Jesus: um Brasil para
os brasileiros", em cartaz no
IMS até janeiro de 2022

Foto: Adima Macena/IMS

“A exposição traz 60
obras de artistas de
várias gerações que foram
influenciados por Carolina
e que mostram que ela
segue viva”, conta João 

Foto: Adima Macena/IMS

“O objetivo é mostrar
a mulher que escreve,
canta, dança, comenta
sobre o país em que vive
e transmite tanta energia
positiva até hoje”

Foto: Adima Macena/IMS

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