Ney Matogrosso:
nada é pecado

É sendo ele mesmo,
de maneira inegociável,
que o cantor atravessa
o conservadorismo

Foto: arquivo pessoal

A tensão entre liberdade
e opressão sempre esteve
presente na vida de
Ney Matogrosso. Filho
de pai militar, ele teve
que fugir de casa para
conseguir se expressar
livremente

Foto: divulgação
Foto: arquivo pessoal

Já nos anos de chumbo
da ditadura, no auge
do sucesso com o grupo
“Secos e Molhados”, recebia diversos recados do
governo para que não
“se excedesse”

Foto: arquivo pessoal

“O ‘show dos Secos
e Molhados’ era livre
inicialmente. Depois
passou para doze anos,
quatorze e acabou
para dezoito anos.
Eu pensava: no dia
em que chegar a 21
anos, eu vou entrar
nu segurando o pau”

“O palco é esse
metro quadrado onde
faço o que quero,
danço como quero.
É um espaço que eu
consegui, conquistado.
Ninguém me autorizou.
Fui, pisei e disse:
‘Aqui é meu, aqui eu
faço o que quiser’”

Foto: reprodução
Com mais de 30 discos lançados,
Ney é um furacão de desejos
e transpira liberdade em todas
as esferas de sua vida
Foto: Murillo Meirelles/ Trip

“Deus, na minha
concepção, não é
um velho com o dedo
apontado pra mim
dizendo: ‘Você deve!’.
Eu não devo nada. Eu acredito num princípio amoroso. Tudo que eu
fiz, nada é pecado,
tudo era certo”

Ao longa de vida,
se permitiu experimentar,
gostar, querer e depois
mudar de ideia, quantas
vezes fossem necessárias

Foto: arquivo pessoal

“As drogas me foram
muito úteis nos anos
60, para abrir as
portas da percepção.
Mas eu nunca tomei
pra ir à balada e
nunca fui dependente”

Foto: divulgação

“Sexo é remédio, ele
só é veneno quando
é muito exagerado.
Houve uma época em
que eu era dependente
de sexo. Hoje em dia,
carinho é o que me dá
tesão. Sem carinho,
eu nem me excito”

Foto: Murillo Meirelles/ Trip

“Poliamor, eu vivi isso
em 1970! Vivi isso com
duas pessoas, moravam
comigo um homem e uma
mulher. Viajavam comigo
quando eu era dos Secos
e Molhados. Eu arrastava
os dois comigo. Mas não
tinha nome, não tinha
por que explicar nada,
era isso”

Foto: divulgação

“Eu continuo livre.
Aparecem pessoas na
minha vida, mas querem
casar. Eu digo: Pelo amor
de Deus, gente! Casar?
Porra! Que pensamento
atrasado esse de casar”

DIREÇÃO: Emiliano Goyeneche

PRODUÇÃO: Juliana Farinha
          Emiliano Goyeneche
          Nathalia Cariatti

FOTOGRAFIA: Nathalia Cariatti
            Vitor Serrano

SOM-DIRETO: Will Gaino

FINALIZAÇÃO DE SOM: Alvaro Alves

EDIÇÃO E FINALIZAÇÃO: Luciano Azevedo
CENAS TRIP TV

Conteúdo que transforma

Foto: Murillo Meirelles/ Trip
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