A expedição do navio Endurance,
liderada pelo marinheiro irlandês
Ernest Shackleton há mais de um
século, terminou nas profundezas do
Polo Sul. Conheça a história da
embarcação encontrada em 2022

Por: JOÃO DE MARI

MISSÃO IMPOSSÍVEL
NA ANTÁRTIDA

Ernest Shackleton

Nascido em 1874, o irlandês

ingressou na marinha aos
16 anos. Ele viajou para
diferentes partes do mundo,
mas seu sonho mesmo era
explorar os polos

Shackleton falhou por duas
vezes. Na primeira, em 1901,
a bordo do navio Discovery,
sua expedição tornou-se a
que mais se aproximou do
extremo sul do mundo até
então. Mas uma doença o
impediu de completar a missão

Em 1907, na segunda tentativa,
o marinheiro partiu para a
Antártida a bordo do Nimrod,
um navio em mau estado.
Apesar de ter se aproximado
ainda mais do continente,
ele não conseguiu chegar

descobertas científicas

Ainda que incompletas, as
missões renderam uma série de

sobre as águas mais geladas
do planeta, reconhecidas
com honrarias pelo governo
do Reino Unido

A terceira tentativa
aconteceu em 1914,
desta vez a bordo do famoso


A expedição partiu da
Inglaterra com destino a
Buenos Aires, na Argentina,
antes de fazer uma escala
nas ilhas da Geórgia do Sul
e, por fim, ir à Antártida
em dezembro daquele ano

Endurance.

Desta vez, o marinheiro
conseguiu chegar ao Polo Sul.
Quer dizer, até chegou, mas
ao tentar atravessar o Mar de
Weddell, o navio ficou preso
no gelo comprimido ao redor
devido às correntes de ar

Os 28 marinheiros ficaram
confinados no Endurance até
outubro de 1915. Quando o
gelo começou a penetrar
o navio, não houve outra
alternativa: tiveram que
fazer o caminho de volta à
terra firme num barquinho e
a pé. Tudo isso sobre as
gigantes geleiras do Polo Sul

o Endurance afundou.

Logo depois, em 21 de
novembro de 1915,

Toda a tripulação que
deixou o navio sobreviveu,
apesar dos meses com
escassez de alimentos e a
espera do resgate, que só
terminou em 1916, com ajuda
da marinha chilena

Shackleton morreu em 1922,
aos 47 anos, vítima de um
infarto, e seu legado é
reconhecido até hoje. A
embarcação foi encontrada
mais de um século depois,
em março de 2022, praticamente intacta a 3 mil metros de profundidade no Mar de Weddel

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