Seja no período do regime nazista, na ditadura militar brasileira ou na esteira dos protestos Black Lives Matter, atletas quebraram a premissa de que esporte e política não se misturam
Adolph Hitler pretendia usar os Jogos Olímpicos em Berlim como propaganda do regime nazista para mostrar a superioridade ariana. No entanto, o velocista Jesse Owens impediu que seu desejo fosse realizado
O afro-americano nascido no Alabama e neto de escravos foi o primeiro atleta a conquistar quatro medalhas de ouro em uma Olimpíada, batendo recordes mundiais e acabando com o plano do ditador
Após conquistar seu primeiro título mundial e influenciado pelo ativista negro Malcolm X, o pugilista americano Cassius Clay mudou seu nome para Muhammad Ali-Haj e se converteu ao islamismo
Crédito: Carl Fischer/ Esquire/ reprodução
Símbolo da luta contra o preconceito racial, ele se recusou a lutar pelos Estados Unidos na Guerra do Vietnã, além de criticar o envio de tropas ao país
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Por isso, Muhammad foi banido do esporte por três anos e obrigado pagar uma multa ao governo norte americano. Em 1970, retornou aos ringues e se consagrou um dos maiores boxeadores de todos os tempos
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1968
Nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, os americanos Tommie Smith e John Carlos, medalhas de ouro e bronze no atletismo, subiram ao pódio e ergueram o punho fechado com uma luva preta
O gesto era uma saudação consagrada pelos Panteras Negras, grupo de combate à discriminação racial nos Estados Unidos. Pelo protesto, os dois foram expulsos da Vila Olímpica
Durante a ditadura militar no Brasil, atletas do Corinthians, como Sócrates, Wladimir e o jovem Casagrande, reivindicaram maior poder em decisões importantes do time, que já era bastante popular
Crédito: Walter Casagrande/ arquivo pessoal/ divulgação
O movimento ideológico, conhecido como Democracia Corinthiana, foi crescendo também para fora dos campos, se tornando um evento político e um símbolo da luta pela redemocratização do país
Crédito: Walter Casagrande/ arquivo pessoal/ divulgação
2016
Durante um jogo da NFL, o quarterback Colin Kaepernick, então no San Francisco 49ers, se ajoelhou e recusou a cantar o hino nacional dos Estados Unidos
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O ato, em protesto a uma sequência de assassinatos de cidadãos negros no país por abusos policiais, provocou inúmeros debates e foi repetido por atletas de diversas ligas
Crédito: NFL/ reprodução
2020
Em agosto, estimulados pelo movimento Black Lives Matter, jogadores de basquete de seis equipes da NBA se recusaram a entrar em quadra para jogar pelos playoffs da liga
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A decisão veio depois de Jacob Blake, um homem negro, ser baleado pela polícia ao lado dos filhos. Os protestos contra a violência policial nos EUA aconteciam há três meses, desde a morte de George Floyd
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A política está em tudo o que fazemos e no esporte não é diferente. É preciso usar as ferramentas ao nosso alcance para denunciar as injustiças e lutar pelos nossos ideais