A hipersexualização do corpo
e a idealização do “negão” bom
de cama, selvagem e viril são
somente alguns dos estereótipos
que acompanham o homem negro

Por: Carol Ito
Foto: Keitravis Squire/ unsplash

Masculinidades
negras

Apesar de antigo, o tema
ainda é tabu: “É um debate
que tem se encaminhado aos
poucos. As mulheres estão
anos-luz da gente”, diz
o geógrafo Caio César

Foto: arquivo pessoal/ divulgação

Para o sociólogo Túlio
Custódio, pensar em
masculinidade negra é falar
em gênero, raça e classe
em conjunto, pois todas as
relações de poder influenciam
na construção da identidade

Foto: Stephanie Ribeiro/ divulgação

Uma das questões mais
controversas é que, nessa
construção, os homens negros
reproduzem a masculinidade
branca, inclusive em seus
pontos mais problemáticos

Foto: Renee Thompson/ unsplash

“É difícil para o homem
negro se desconstruir
porque o machismo é o
único poder que ele tem
dentro dessa sociedade”,
diz a feminista negra
Helen Lobanov

Foto: Keitravis Squire/ unsplash

Mas, mesmo reproduzindo
a masculinidade branca,
os jovens negros vivem
um cenário particular:
são as principais vítimas
de violência e têm 23,5% mais
chances de serem assassinados

Foto: Devin Mobley/ unsplash

Além da violência física,
os transtornos mentais também
fazem parte do universo do homem
negro e ainda são pouco discutidos

Foto: Mwangi Gatheca/ unsplash

“Há angústias que
impactam na saúde mental.
Homens negros cogitam
frequentemente o suicídio”,
conta Alessandro de
Oliveira Campos, psicólogo
que coordena encontros para
discutir masculinidade

Foto: Keitravis Squire/ unsplash

A condição socioeconômica
é outro agravante que
dificulta a desconstrução
dos estereótipos e limita as
vivências dos homens negros

Foto: Keitravis Squire/ unsplash

“As pessoas da periferia
não conhecem muito além do próprio bairro porque não
têm a possibilidade, não
se sentem bem circulando
por outros lugares”,
observa Jé Oliveira,
ator e diretor de teatro

Foto: Evandro Macedo/ divulgação

A objetificação do corpo
negro está diretamente
relacionada ao passado
escravocrata do país,
já que o negro escravizado
era avaliado a partir de
seus dotes físicos e sua
robustez anatômica

Foto: Keitravis Squire/ unsplash

Ainda hoje, o homem viril
e bom de cama permeia o
imaginário em torno do
homem negro

Foto: Keitravis Squire/ unsplash

“O homem negro, quando
reduzido a um pênis,
é objeto de desumanização.
E quando ele acolhe essa
objetificação caminha para
uma solidão inevitável”,
pontua o psicólogo Alessandro
de Oliveira Campos

Foto: Keitravis Squire/ unsplash

Mas nem só de hipersexualização
vive o homem negro. Homossexuais
também sofrem com os tabus em
torno da masculinidade 

Foto: Keitravis Squire/ unsplash

“A gente vê homens
negros não podendo ter
uma sexualidade mais
ampla”, observa o
diretor Jé Oliveira

Foto: Nico Marks/ unsplash

Uma coisa é certa:
ser um negro, gay e
afeminado, muitas vezes,
é sinônimo de solidão

Foto: Keitravis Squire/ unsplash

A não aceitação dos
nossos corpos e do nosso
comportamento é incisiva”,
explica Marcus Mesquita,
diretor do filme “Afronte”,
que conta a história de
um personagem negro e gay
que mora na periferia

Foto: reprodução

Repensar os estereótipos que
limitam o homem negro é urgente
e, como sinaliza Alessandro Campos,
é preciso pensar no plural: “Não há
masculinidade, mas masculinidades”

Foto: Keitravis Squire/ unsplash

Conteúdo que transforma

Foto: Keitravis Squire/ unsplash
leia mais