O líder dos Racionais MC's é uma das vozes mais fortes da negritude, mas não se priva de cantar o amor
Foto: Klaus Mitteldorf/ Trip
“Sempre fui romântico, sempre acreditei em coisas impossíveis. Eu podia falar do muro sujo, mas falava de outra fita que estava do lado. Eu botava um colorido, elogiava a tiazinha, o moleque...”
“Quando olho para o que o Racionais fez, os problemas estavam expostos ali, mas tinha arte, batida e rima. A gente falava da vida real, mas também de utopias”
28 anos depois de despontar com os Racionais, o rapper lançou seu primeiro disco solo, Boogie naipe, com batidas de pista e rimas românticas
2016
Foto: divulgação
Seu momento de vida é outro e a forma de se comunicar pela música também se transformou
Foto: Klaus Mitteldorf/ arquivo pessoal
“Vinte e oito anos é muita coisa, né? São duas vidas. O Brasil mudou, o mundo mudou e eu bolei conforme o mundo bolou”, disse à Trip em 2016
Foto: Klaus Mitteldorf/ Trip
“Eu era bem jovem e vi uma entrevista do Ice-T falando que quando ele era muito novo, era um cachorro louco. Quando soltava, ele saía mordendo tudo. Eu era assim também. Hoje, a gente tem que ser mais estrategista”
“Já teve Copa no Brasil, já teve Lula, já tomamos de 7 a 1. Olha quanta coisa diferente já aconteceu no Brasil”
Com essa visão, Mano Brown, 50, líder dos Racionais MC's, com seis discos de estúdio em 30 anos de Racionais cantando a periferia e a vida da população negra, é uma figura política. É?
Foto: arquivo pessoal
“É um rótulo do qual fugi, mas que me persegue. Nunca quis ser rotulado por nada. Música é livre, arte é livre”, diz Brown
Foto: Klaus Mitteldorf/ arquivo pessoal E, assim, ele pode cantar o amor sem nunca perder o lugar de inspiração e orgulho das periferias que canta
“A única maneira de explicar as mudanças é não explicando, é fazendo música. A música mostra a mudança do mundo”
“MANO BROWN estrategista, armado e romântico”
PRODUÇÃO E ENTREVISTA: Lia Hama
IMAGENS: Diógenes Muniz Nathália Cariatti André Almeida
SOM DIRETO: Rodrigo Paciência
EDIÇÃO: Rafael Ferrucci ENTREVISTA: Guilherme Henrique
PRODUÇÃO: Nathália Cariatti Guilherme Henrique
IMAGENS: Fernando Martins Rafael G Barreto
SOM: Lum
EDIÇÃO: Ludmila Daher
“criolo e mano brown: na trincheira do rap e do mundo”