Pole dance
é coisa de
mulher?
Homens sobem na barra
vertical e mostram que a
prática não tem nada a ver
com gênero ou sexualidade
Por: Giulia Garcia
Foto: Daniel Feijó/divulgação Eram os homens que
dominavam modalidades
seculares centradas em
barras verticais na Índia
e na China, mas essas
acrobacias foram associadas
às mulheres na década de 80,
quando surgiu o pole dance
Foto: Daniel Feijó/divulgação
As diferentes vertentes
da dança esportiva
criada nos strip clubs,
do sensual ao fitness,
buscam referência em
variados esportes e
trabalham movimentos
presentes em exercícios
como a calistenia
Foto: Einar Kling-Odencrants/ divulgação
“Nos países pós-
-soviéticos, a maioria
das pessoas sabe que
é uma atividade tanto
masculina quanto
feminina, que pode ser
usada para striptease
ou como um esporte”,
explica o atleta russo
Dimitry Politov
Foto: Foto: Yuri Bote/ divulgação
No Brasil, porém, a prática ainda costuma ser associada às mulheres
e frequentemente taxada como vulgar Foto: unsplash
Quando se interessou
pela modalidade, em 2014,
Rafael Melo teve dificuldade
para encontrar um estúdio
que aceitasse homens.
“Me aceitaram porque
acharam que eu era gay,
mas não sou”, conta
Foto: Leonardo Santos/ divulgação
“Eu mesmo fiquei meio
apreensivo no começo.
Elas ficam inseguras,
porque estão com
pouca roupa e tem
um cara ali”, relata
o ilustrador Issao
Bazolli
Foto: arquivo pessoal
“Quando são mulheres
praticando, associam pole
à vulgaridade; quando são
homens, à sexualidade.
São xingamentos de
‘viadinho’ pra baixo”, relata Julio Peixoto,
campeão de pole dance
Foto: Rudolph Lomax/ divulgação
Professor no Studio Metrópole
ao lado de Rafael, Julio começou
a praticar em 2010 e, no mesmo
ano, venceu o primeiro campeonato
masculino de pole dance Foto: Leonardo Santos/ divulgação
“Tinham poucos homens
na cena, então dei
várias entrevistas e
sempre lia comentários
horríveis dos leitores
e espectadores. Sou
gay, mas até você ter
maturidade pra lidar,
é difícil”, conta
Foto: Rudolph Lomax/ divulgação
A aceitação como
esporte e a realização
de competições – divididas
geralmente em modalidades
esportivas, artísticas
e sensuais (como o exótic)
– têm ajudado a derrubar
os rótulos
Foto: Rudolph Lomax/ divulgação
Já existem estúdios
que oferecem aulas
mistas e têm professores
homens, mas ainda há muito
preconceito, especialmente
nas modalidades voltadas
para o sensual
Foto: Rudolph Lomax/ divulgação
“Pessoas que dizem
que é só esporte ou
só striptease estão
erradas. Pole dance
é diverso e livre”,
diz Dimitry Politov
Foto: Yuri Bote/ divulgação
“Hoje você vê homens
em todos os estilos,
do mais esportivo e
calistênico, ao mais
sensual, com um salto
de 20 cm”, conta
Guilherme Ambrósio,
praticante desde
2014 e que aderiu à modalidade artística
Foto: Leonardo Santos/ divulgação
Uma coisa eles garantem:
vão ter homens, seja no
pole sport, na calistenia,
na categoria sensual ou
no salto-alto, subindo
nas barras verticais para
mostrar que pole dance não
tem nada a ver com gênero
Foto: Leonardo Santos/ divulgação
Conteúdo que transforma
Foto: Einar Kling-Odencrants/ divulgação
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