Erick Jay,
o melhor DJ
do mundo

Paulistano da zona leste,
ele conta como conquistou
o campeonato mundial de
DJs e dá a letra sobre
essa profissão no Brasil

“A minha paixão pelo
toca-discos começou quando
eu tinha uns 11 anos. Porque
meu pai já era DJ, né? Também
eu dançava, ia pros bailes
e ouvia os DJs conduzindo
mó galera. Eu falei: ‘Nossa,
que domínio de pista’”

Da zona leste de São Paulo,
ele ainda era Erick "Garcia"
quando decidiu trabalhar atrás
das pick-ups, lá nos anos 2000

Crédito: TV Cultura/ divulgação

Foi parceiro de nomes do
rap nacional como Dexter,
Xis e Kamau, além de DJ
oficial do programa Manos
e Minas, da TV Cultura

Crédito: Vinícius Colé/ divulgação

Foi parceiro de nomes do rap
nacional como Dexter, Xis e Kamau,
além de DJ oficial do programa
Manos e Minas, da TV Cultura

“Realmente eu tive que estudar.
Eu tive que ser mais ousado,
mais atrevido quando eu
estava tocando”, conta

“Porque o pessoal lá fora
gosta de show. ‘Mostra
que você é folgado mesmo,
a gente quer ver você folgado’.
Porque se você é humilde
demais nesse lugar você não
ganha, tô sendo sincero”

No DMC World, os competidores
têm seis minutos para fazer
uma apresentação na qual são avaliados critérios como
presença de palco, criatividade,
tempo, ritmo e scratchs

Sem praticar com os equipamentos de
última geração de seus adversários,
o DJ brasileiro apostou no ritmo
que traz no sangue para vencer

“A gente tem algum swing que
eles não têm. Os caras são
espetaculares, mas a gente
tem aquele 1% que tem como
ganhar deles. Eu comecei
a perceber isso”

Erick pensava que vencer
o mundial seria o grande
objetivo de sua carreira.
Mas, com o título na mão,
viu que queria ir além

“Quero ser ousado, tocar
em bandas inusitadas. Já fiz
algumas experiências com banda
de jazz, samba, orquestra,
isso abriu minha mente”

“O que faz o DJ ser um bom DJ?
Acho que tem que ter o feeling,
né? De saber tocar a música
certa na hora certa”

“Como é que eu vou fazer a
galera levantar? Às vezes o
cara tá estressado, mas ele
não imagina que você vai
tocar essa música. Ahhh,
pista bombando, você fala:
‘Nossa, que louco, que louco!’
Eu tento ser um salvador da pátria, quase isso”

“Não fico só quieto, soltando
a música e fazendo assim pra
galera. Não, não, DJ é muito
mais do que isso”

REPORTAGEM: Carol Ito

PRODUÇÃO: Nathália Cariatti

FOTOGRAFIA: Vinícius Colé

EDIÇÃO: Giovanni Bello
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