Experiências como meditação, surf, pornô e religião podem provocar os mesmos efeitos cerebrais que alucinógenos
Foto: Martin Parr
Substâncias como LSD e DMT são capazes de abrir os portais mentais que nos levam a uma realidade em que a lógica do tempo é distorcida e os limites se dissolvem
Foto: unsplash
Mas, na real, não precisamos de nada além de nosso próprio cérebro para mexer com a consciência
Foto: unsplash
“Todos nós experimentamos estados alterados de consciência. Alguns através do esporte, outros com a religião ou uma substância psicoativa”
Stevens Rehen, neurocientista
O monge budista Satyanatha, que calcula já ter meditado por mais de 2 mil horas, entende a viagem como uma imersão no reino da intuição
Foto: unsplash
“Já tive baratos indescritíveis. Minhas experiências mais prazerosas na vida não foram sexo, foram meditação”, diz Satyanatha
Ilustração: Vitória Bas
Esquecer as paranoias do mundo e se permitir curtir o agora é como se sente Mayara Medeiros, diretora de cinema, quando encontra o pornô perfeito
Foto: divulgação
“Minha catarse assistindo a um pornô pode ser muito parecida com a de um evangélico durante um culto”, diz Mayara
Ilustração: Vitória Bas
“Em momentos profundos no culto, quando há comunhão, o tempo se dilui. Deus age nesse lugar que escapa da compreensão”, diz Henrique Vieira, pastor da Igreja Batista do Caminho
Ilustração: Vitória Bas
É muito frequente que as imersões no lado B da consciência sejam interpretadas como místicas ou espirituais. E isso independe de religião.
Foto: Vincent Moon/Hibridos.CC
“Não é só físico. Sinto uma presença maior. Não sei se são espíritos, mas surfo com eles, através deles, eles comigo”, diz Rodrigo Resende, médico e surfista big rider
Ilustração: Vitória Bas
O prazer que acompanha os estados de consciência alterada pode ganhar nomes diferentes, mas é sempre fruto da explosão de serotonina e outros neurotransmissores no cérebro
Foto: Bruno Lemos
“Algumas dessas atividades são moralmente aceitas e outras não. Consumo de drogas e pornografia são mal vistos, enquanto cultos religiosos nem pagam impostos”, diz Stevens