O psicanalista Marcelo Veras
dá dicas para melhorar nossa
relação com as telas e não
transformar a vida em um
eterno chat

Por: Carol Ito
Ilustrações: Mariane Ayrosa

Como evitar a
hiperconexão?

O Brasil é o terceiro no
ranking de países que mais
usam a internet e as redes
sociais. E isso não é pouco:
passamos, em média, 9 horas e
17 minutos por dia conectados

Se ficar horas olhando
para telas já fazia parte
do cotidiano de muita gente,
com a pandemia, parece ser
o único jeito de se livrar
do tédio e da solidão

“Agora, ninguém solta o chat
de ninguém”, brinca Marcelo
Veras, psiquiatra, psicanalista
da Associação Mundial de
Psicanálise e autor do livro
“Selfie, logo existo”

Foto: Iara Macedo

“Acordamos e a primeira coisa
que fazemos é olhar a conversa
que não acabamos quando fomos
dormir. A vida se tornou um
eterno chat e isso leva
à exaustão mental”

Para ele, é preciso se atentar
para as armadilhas da hiperconexão,
estando ou não isolado. A seguir,
o psicanalista dá cinco dicas
para evitar melhorar nossa
relação com as redes

“Tente encarar a solidão
como algo criativo, que pode
gerar prazer. Estar só não é
sinônimo de fracasso social”

“Ao invés de ler mais do
mesmo o dia inteiro e ficar
acompanhando o número de
mortos pela doença, descubra
bons canais de reflexão
sobre o tema”

“Dedique um tempo
para escolher boas
séries e filmes”

“Se está difícil se desligar
do trabalho, configure seu
smartphone para que só os
seus contatos favoritos
consigam falar com você
depois certo horário”

“Menos WhatsApp e mais sonhos.
A desconexão uma hora antes
de dormir ajuda a sonhar mais.
Mesmo os pesadelos nos ajudam
a tratar angústias”

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