Não fosse por Claudia Andujar, possivelmente a etnia Yanomami não teria hoje saúde, voz e dignidade para lutar por seus direitos
Foto: arquivo pessoal Nascida na Suíça, criada na Hungria e emigrada para o Brasil em 1955, ela revelou para o mundo, na década de 70, a situação crítica dos yanomami
Foto: arquivo pessoal
Comunidades inteiras estavam sendo dizimadas, na esteira da abertura de estradas e da invasão por garimpeiros de suas terras, na região fronteiriça entre Roraima, Amazonas e Venezuela
Foto: Acervo Galeria Vermelho
Enviada à Amazônia para uma reportagem fotográfica da revista Realidade, Claudia encantou-se com a etnia e, com compaixão e respeito, aprofundou-se na cultura Yanomami
Foto: Carlos Zcquini/ divulgação
“Os yanomamis ainda fazem questão de manter sua cultura, sua língua e suas crenças. Entenderam o que significa ser um povo que quer se manter como povo, que é brasileiro, mas quer manter viva sua cultura”
Através de seu trabalho fotográfico, ela mesclou sua história com a dos indígenas, para sempre, como testemunham os diversos livros que publicou a respeito de sua experiência
Foto: Acervo Galeria Vermelho
“Eu não procuro arte. Eu procuro entender a pessoa, o mundo”
“No meu trabalho com os yanomami era essencialmente isso. Não entendiam minha língua e eu não entendia a língua deles, mas eu fiquei observando”
Essa relação extrapolou o registro artístico e histórico. Claudia envolveu-se nas lutas das tribos por saúde, terras e coordenou a campanha pela criação da reserva indígena, reconhecida só em 1992
Foto: arquivo pessoal Filha de pai judeu morto em um campo de concentração, ela transformou-se de testemunha do quase extermínio de um povo a alicerce para a sobrevivência de outro, do lado de cá do oceano Atlântico
Foto: arquivo pessoal
“Me aliviou a consciência do que aconteceu quando eu era criança”, diz Claudia, que conseguiu escapar da Alemanha nazista, mas perdeu a família toda por parte de pai
Homenageada pelo prêmio Trip Transformadores em 2013 por seu trabalho como fotógrafa, artista visual e ativista, Claudia não pretende deixar o Brasil
Foto: Bob Wolfenson/ Trip
“Desde que cheguei eu adorei. Eu me dei muito bem. Não sei, eu me senti em casa”
ENTREVISTA: Nathália Cariatti Emiliano Goyeneche
IMAGENS: Ênio Cesar Vitor Serrano Nathália Cariatti