Chernobyl:
o turismo da
tragédia

O passeio pela região da usina,
que hoje fica no território
da Ucrânia, atrai cada vez
mais curiosos

Por: André Fran

Em 2011, autoridades do governo
ucraniano decretaram aberta
ao turismo a usina nuclear
de Chernobyl, onde aconteceu
o pior acidente nuclear
da história, em 1986

A região ao redor da usina foi
evacuada em um raio de 30 quilômetros
conhecido como zona de exclusão.
É lá que está localizada Pripyat,
que se tornou uma cidade fantasma

Para chegar em Chernobyl,
o turista define suas datas
com uma das agências autorizadas
pelo governo e tem garantidos
transporte até o local,
hospedagem e um guia que o
acompanha por todo o trajeto

A presença indefectível de
um medidor de radiação também
é mandatória – e o apito
intermitente que o aparelho
faz segue no ouvido do viajante
por dias depois do passeio

O tour deve ser realizado em,
no máximo, dois dias. Também é
recomendado usar roupas que cubram
a maior parte do corpo, não tocar
em nada e não sair da rota
determinada pelo guia

O roteiro se resume a um passeio
pelas ruas e prédios abandonados
de Prypiat. O lendário parque
de diversões é uma das visões
mais emblemáticas e carregadas
de significado

É possível chegar a uma distância
de menos de 50 metros do centro
do caos nuclear de Chernobyl.
Ali, não é possível ficar mais que
20 minutos por causa da radiação

Se você tiver reservado o tour de
dois dias, pode incluir uma visita
às poucas famílias que vivem
dentro da zona de exclusão e que
permanecem isoladas do mundo

A possibilidade de conferir com
os próprios olhos a capacidade
criativa e destrutiva do homem
neste cenário aterrador continua
atiçando a curiosidade de turistas
de todo o mundo

Sem dúvida, os cenários são
inacreditáveis. E o limite é
tênue entre as lições históricas
do passeio e a selfie pra lacrar
às custas da memória de um
episódio tão traumático

CONTEÚDO QUE
TRANSFORMA

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