O jornalista mineiro usa
a inteligência artificial para
criar vídeos falsos –
mas bem reais – de políticos
e celebridades

Por: Dandara Fonseca
Foto: Marcelo Mathias

BRUNO SARTORI,
o rei das
deepfakes

Bruno Sartori ficou
famoso nas redes sociais
por seus vídeos e
paródias ultra-realistas

Transformar o presidente
Jair Bolsonaro na cantora
Joelma ou na Carminha,
personagem da novela
"Avenida Brasil”, fez com
que o mundo conhecesse
o jornalista mineiro

Mas como é possível
o rosto de alguém, com
todas as suas expressões,
estar tão perfeitamente
encaixado num corpo que
não é dele?

Bruno conheceu a técnica,
usada principalmente para
criar conteúdos pornográficos
com pessoas famosas, em um
fórum na internet e resolveu
estudar a tecnologia para
aplicá-la de outra maneira

Em maio de 2019, o vídeo
"Chapolin Bolsonaro",
que coloca o presidente
no corpo do personagem
mexicano, viralizou e
alcançou mais de 2 milhões
de visualizações em um
único dia

“Eu gosto de me basear
no cotidiano, acompanho
muita notícia. Assim
que percebo que está
acontecendo algo
excepcional, já faço
um link daquilo para
criar um conteúdo e
montar a piada”, conta

Para fazer a criação dos
rostos, Bruno precisa de uma
máquina potente, pois o
processamento é demorado –
motivo pelo qual, segundo ele,
as deepfakes ainda não são um
recurso popular

“Quanto mais tempo você faz, melhor vão ficando os rostos que você treina porque eles são feitos com aprendizado de máquina”

“É melhor que as
pessoas tenham contato
com a técnica agora,
com um vídeo de humor,
do que um conteúdo
feito com o objetivo
de enganá-las”

“Uma fake news é uma
notícia contada e a
pessoa acredita.
Imagine um vídeo de
alguém confessando um
crime, dizendo uma
coisa absurda?”

“Gosto de deixar sempre um absurdo no ar para que as pessoas entendam que não é verdadeiro”, explica

“Eu gosto muito de inteligência artificial e acredito que o mundo vai andar daqui em diante por causa dela”

Conteúdo que transforma