O fotógrafo enxerga em seu trabalho uma arma para transformar o mundo
Por: Carol Sganzerla Imagens: Bruno Feder
Bruno Feder: África além dos estereótipos
Entre 2015 e 2019, Bruno trabalhou no Sudão do Sul fotografando para a Confident Children out Conflict
A organização atua na proteção de menores órfãos e separados de suas famílias por causa da guerra
Em 2019, ele denunciou abusos de direitos humanos, situações de violência sexual e de gênero no país que vive uma das maiores crises humanitárias da atualidade
Por seu trabalho, foi perseguido pelo governo, teve os equipamentos apreendidos e foi monitorado por 25 dias, até ser expulso do país
Além das ações humanitárias, o fotógrafo também registrou o modo de vida e as particularidades do povo sul-sudanês
Bruno investiu o dinheiro da venda das fotos em melhorias para a população. “Eles estão abrindo a comunidade para mim e preciso retribuir de alguma forma”, explica
Uma de suas preocupações era evitar a imagem estigmatizada da África: miserável e violenta
“A África é o continente mais diverso que existe. São mais de 2 mil línguas, diferentes etnias e as pessoas os enxergam como uma coisa só”
“É necessário ter muita ética e profissionalismo no setor humanitário. São pessoas em situação de vulnerabilidade, em um conflito étnico e tribal. O trabalho só acontece com o consentimento delas”