Acidental ou pensado, parece que o meme se tornou um das instituições nacionais mais eficientes
De acordo com um levantamento da Consumoteca, 85% dos brasileiros entre 16 e 66 anos interagem com memes com frequência e 73% ficaram sabendo de alguma notícia através deles
“O meme te ajuda a opinar. Porque está acontecendo alguma coisa, você pega um meme que te representa, que traduz o que você sente, e passa ele adiante. É mais fácil você lançar uma 'Nazaré confusa' do que escrever como está se sentindo”
Marina Roale, pesquisadora da Consumoteca
“É uma coisa de comunicação rápida de uma expressão, seja ela de uma notícia e de um ponto político, seja ela uma emoção tocante humana”
João, do canal Melted Videos
“O meme basicamente é alguma coisa que você usa, tipo uma foto, um vídeo ou um gif representando você naquela hora, só que sem ser você”
Kaique Brito, estrela do Tik Tok
“As pessoas nos mandam os conteúdos, e o que a gente achar legal a gente publica. Tem caso que a própria pessoa manda uma imagem de si mesma querendo virar um meme. Se um jovem acaba virando um meme, para ele vai ser ótimo, porque ele é jovem, está virando famoso”
Matheus, do canal O Brasil que Deu Certo
“Depois que eu fiz, não é mais meu, é da internet. Como eu já trabalhava com vídeos de humor, fazia muita paródia, eu vi a tecnologia e falei: 'Caramba, isso aqui está sendo usado para a pornografia e tem uma utilização fabulosa. Eu posso utilizar nos meus vídeos”
Bruno Sartori, criador do Deepfaker
“É basicamente a minha opinião sobre aquele assunto, entendeu? Para mim, isso é uma charge com outro tipo de tecnologia”
Bruno Sartori, criador do Deepfaker
“Muitos dos memes surgem em situações de desgraça. E o que a gente mais faz no Brasil é rir de nós mesmos”
Matheus, do canal O Brasil que Deu Certo
“O governo cada dia me dá uma piada diferente”
Bruno Sartori, criador do Deepfaker
“O meme acaba criando um contraponto que vira esse espaço de desabafo. Porque é onde as pessoas abrem pra rir, mas pra rir de si mesmas e pra se sentirem incluídas também”
Marina Roale, pesquisadora da Consumoteca
“Você vai no Instagram e está todo mundo na sua melhor versão: correndo na praia, comendo a comida da dieta. Você vai no LinkedIn e está todo mundo com um emprego maravilhoso. Você fica assim: 'Nossa, a vida do outro é melhor que a minha'. Por outro lado, você vai na página de meme e tá tudo ruim”
Marina Roale, pesquisadora da Consumoteca
“Depressão, falta de dinheiro, tudo pode virar humor, sabe?”
Felipe, do canal Melted Videos
“Os problemas mundanos que pessoas passam. E acho que as pessoas se verem nessa simples imagem tosca às vezes é um refúgio, assim: ‘Nossa, eu também passo por isso. Alguém me entende’”