Artista e perita criminal paraense
escancara a violência de nossos
tempos em suas performances,
fotografias e pinturas
Por: carol ito
foto: divulgação Berna Reale:
a arte resiste
Berna Reale é reconhecida
como uma das principais
expoentes da prática de
performance no Brasil
e desde o início de sua
carreira, nos anos 90,
usa o próprio corpo como
elemento central das obras
foto: divulgação Homenageada pelo Prêmio
Trip Transformadores em
2016, Berna entende que
a arte deve causar
estranheza para nos
fazer refletir sobre
a sociedade que queremos
foto: gabo morales / trip “Eu busco o coletivo,
não me interessa o
pessoal. E minha forma
é simples por falta de
condições financeiras”,
disse ela, na época
foto: divulgação A artista, que nasceu
em Belém (PA), conhece
a violência bem de perto:
é perita criminal do Centro
de Perícias Científicas
do Estado do Pará há
mais de uma década
foto: gabo morales / trip Na performance “Ginástica
de pele”, de 2019, ela
confronta a crise do
sistema prisional
brasileiro e o racismo
que encarcera em maioria
pessoas negras
foto: divulgação “A performance fala
sobre preconceito, raça,
classe social. É sobre
o ato de punir sempre
os mais desfavorecidos,
principalmente os pobres
e da raça negra”
foto: divulgação “A arte não pode ter
medo de tocar em feridas,
tem que ser presente,
corajosa, ocupar
seu lugar e resistir”,
disse ela, em 2019
foto: divulgação Na individual “Agora:
right now”, ela apresenta
fotografias, instalações
e, pela primeira vez,
pinturas, em que reflete
sobre o modo como a mídia
lida com a violência
foto: divulgação A exposição segue em
cartaz até o dia 23 de
julho de 2022, em São
Paulo, na Galeria Nara
Roesler, com curadoria
de Claudia Calirman
foto: divulgação “Vivemos um mundo
louco onde vemos
imagens de violência
e de um desfile de
moda ao mesmo tempo,
simultaneamente”
foto: divulgação “A preocupação com
a violência e com o
outro passa tão rápido
quanto passamos a folha
de uma revista ou como
rolamos a timeline”
foto: divulgação “Olhar para o outro e
para questões coletivas,
como acesso à educação,
saúde e renda, parece
óbvio, mas sem isso
a violência só aumenta.
A miséria não te leva
pra outro caminho
senão o da dor”
foto: divulgação Conteúdo que transforma
foto: divulgação