O historiador Luiz Antônio Simas defende a essência da brasilidade e trava parcerias com D2, Teresa Cristina e outras figuras
Por: Nathalia Zaccaro
bato tambor, logo existo
Primeiro carioca de uma família nordestina, o historiador Luiz Antônio Simas estuda a cultura de rua do Brasil
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Carnaval, botequim, futebol, terreiros, rodas de samba. Ele é também compositor, tuiteiro, podcaster e pensador que influencia a cultura popular contemporânea
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Esteve presente no último disco de Marcelo D2, no documentário Fevereiros, sobre Maria Bethânia, nos novos trabalhos das cantoras Fabiana Cozza e Jéssica Ellen, entre tantas outras
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"O corpo encantado das ruas", mais recente de seus 20 livros, foi um dos finalistas do prêmio Jabuti. "Meu trabalho vive numa encruzilhada entre história, literatura, canção popular e poesia"
"A história que eu estudo é cotidiana. Eu não sou um historiador dos grandes acontecimentos, dos grandes personagens. Eu me interesso pela História miúda, que está Aqui na minha esquina"
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Em tempos de isolamento social e autoritarismo, o historiador propõe que disputemos os espaços públicos e simbólicos em defesa da brasilidade e da democracia
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"O que nos espera depois da pandemia é uma guerra Que pressupõe armas não-convencionais. Estou falando de samba, de tambor, de ginga, de praça, de botequim"
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"As culturas de rua estão Sob ataque sistemático. Temos um governo que opera no campo simbólico colonial, arrogante, racista, heteropatriarcal, que desqualifica os saberes Que não são eurocêntricos"
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"Não precisamos ser eurocentrados, como se filosofia fosse algo produzido exclusivamente pela Europa. Como se a Europa fosse o umbigo do mundo e nós meras ramificações desse centralidade"
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"Penso, logo existo. Sim, evidentemente. Mas ouço, logo existo. Bato tambor, logo existo. Eu vibro, logo existo. Eu jogo bola, logo existo. Eu brinco, logo existo"
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Apesar do radicalismo do Brasil contemporâneo, Simas nos lembra de que nada disso é inédito em território nacional
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"A polarização agora está Muito aflorada, mas isso Está na base da formação Brasileira. Somos um país Formado pelo genocídio Indígena, pela escravidão, Pela domesticação dos corpos para o trabalho"
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"E hoje isso ganhou Uma dimensão Gigantesca porque houve radicalização do horror de forma poucas vezes vista na história do Brasil"
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"Por outro lado, Como parte do Mesmo processo, Nas frestas do Horror produzimos incessantemente Beleza"
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"Beleza que está nos Tambores, na dança, No corpo brasileiro. A brasilidade incessantemente produz, das brechas Do horror, a beleza E a arte"