Diogo Moncorvo saiu da Bahia para se tornar um gigante no rap nacional
Por: Carol Ito Foto: Fernando Schlaepfer
Seu nome é uma fusão de duas divindades (Baco e Exu), com o ritmo (blues) que ele considera ter sido decisivo na história dos negros
Imagens: creative commons
“Eu não escolhi ser Baco Exu do Blues. Até então era Baco, as coisas estavam caminhando meio lentamente. Aí quando entrou o resto do nome, minha vida virou de forma descomunal”
Além de usar sua música para escancarar várias faces do racismo, Baco fala sobre amor, depressão e fragilidades, sem medo de ser incompreendido
Foto: Fernando Schlaepfer
“Eu sou preto,gordo, as pessoas não me compreendem desde sempre, se ligou? Não tenho esse rolé de não ser compreendido, eu nunca fui compreendido”
Filho de um professor de tai chi chuan e de uma professora de literatura, Baco largou a escola na sexta série, depois de passar por dez colégios
Foto: arquivo pessoal
Na adolescência, em Salvador (BA), começou a frequentar batalhas de MCs e se juntou ao grupo de rap D.D.H. (Direto do Hospício)
Foto: arquivo pessoal
Aos 16, quase desistindo da carreira, abalou o rap nacional com o lançamento de “Sulicídio”, produzida em parceria com Diomedes Chinaski
Foto: Fernando Schlaepfer
“'Sulicídio’ é um marco histórico, não uma música”, defende
A música critica a falta de holofotes voltados para a cena do rap nordestino.
Admirado por figuras como Caetano Veloso e Lázaro Ramos, Baco levou o prêmio APCA pela música “Te amo disgraça”, outro marco de sua carreira
Foto: Fernando Schlaepfer Com o clipe de “Bluesman”, se tornou o primeiro brasileiro a levar o prêmio máximo no festival Cannes Lions, na França
“Meu processo é muito de entrega. sobre minhas revoltas, minhas dores de relacionamentos, sobre tudo... É um bacanal de sentimentos”