O ex-punk explica por que
estende seu dedo do meio para o
afrescalhamento da arte de comer
Entrevista por Fernando Paiva
Alex Atala
nu e cru
foto: Marcos Vilas Boas / editora Trip Ex-punk, com muitas tatuagens
pelo corpo, Alex Atala
é um cara de muita atitude.
O paulistano nascido
na Mooca, em São Paulo,
e criado na Vila Euclides,
em São Bernardo do Campo,
se tornou um dos mais
renomados chefs do país
foto: arquivo pessoal Sua mistura de ingredientes,
cores e sabores brasileiros
chamou a atenção de
especialistas desde
o início da carreira
foto: arquivo pessoal “Entrei na gastronomia
porque eu era um punk
maluco e queria morar
fora do Brasil. Fui para a
Bélgica em 1989, precisava
ganhar uma grana”,
contou ele à Trip em 2006
foto: Marcos Vilas Boas / editora Trip “Eu precisava de um
emprego fixo pra
conseguir um visto,
regularizar minha
situação. Me matriculei
no curso e comecei
a cozinhar”
foto: arquivo pessoal Desde 1999, se dedica
ao D.O.M., seu premiado
restaurante nos Jardins,
em São Paulo, detentor
de duas estrelas no
prestigiado Guia Michelin
foto: Edu Simões / editora Trip “Eu tenho um restaurante
que custa caro, quem
vai lá está se dando
um presente ou está
recebendo um presente
de alguém. Ou seja,
o sujeito chega com
uma puta expectativa”
foto: Alexandre Schneider / Editora Trip “Minha margem de erro
é nenhuma, cara. Tenho
de trabalhar perfeito
e rápido. E a pressa é
inimiga da perfeição”
foto: Felipe Hellmeister / editora TRIP Ele também está à
frente do Instituto ATÁ,
iniciativa criada em 2013
para refletir sobre a cadeia
de consumo de alimentos,
da produção à cozinha
foto: Kiko Ferrite / Editora Trip “Parte da barreira que
quebrei no Brasil é essa
coisa de que chef tem
de ser francês ou tem
de ser gringo ou tem
de ser popopó”, reflete
foto: Edu Simões / editora Trip “Gastronomia virou
a coisa mais babaca
e pentelha nos últimos
anos… É muito cheia
de invólucro, de
novo riquismo,
e não precisa disso”
foto: Kiko Ferrite / Editora Trip “Uma boa comida pode
ser um sanduíche na
esquina, uma coxinha,
um pastel. Comida
boa é bom ingrediente
e bom método”
foto: Alexandre Schneider / Editora TRIP