Premiado em Cannes, o cineasta é uma das vozes mais potentes do cinema nacional
Os filmes do diretor e roteirista Kleber Mendonça Filho investigam a realidade brasileira, das relações humanas à desigualdade social
Com Bacurau, seu terceiro longa de ficção, codirigido por Juliano Dornelles, ele levou o prestigiado prêmio do júri no Festival de Cannes
2019
“Desde o início, a gente queria fazer um western clássico, em que um grupo de pessoas que vive tranquilamente e em paz é atacado de maneira não provocada e isso gera uma situação de injustiça”
Ele também dirigiu outros dois longa-metragens aclamados pela crítica: O som ao redor (2012) e Aquarius (2016)
“O que eu posso te dizer é que eu me sinto como se eu tivesse fazendo sempre o mesmo filme, na verdade. A preocupação de fazer um panorama quase facial do Brasil”
Com O som ao redor, o diretor levou o prêmio da crítica do Festival de Roterdã, e Aquarius rendeu a indicação à Palma de Ouro, em Cannes
Foto: divulgação
No tapete vermelho do festival francês, Kleber e sua equipe fizeram um protesto contra a situação política brasileira, que foi noticiado mundialmente
2016
Nascido em 1968 e formado em jornalismo, o pernambucano atuou por muitos anos como crítico de cinema
No fim dos anos 90, começou a lançar os primeiros curtas. Com Recife frio (2009), levou prêmios em diversos festivais nacionais
“Quando você conta uma história, ela tem que ser sempre um pouco misteriosa, porque isso atiça sua imaginação e você começa a desenvolver um segundo filme na sua cabeça”
“Ainda não tive um filme que foi incompreendido, isso deve gerar uma sensação muito forte de frustração e dor. Você se coloca muito no filme”, diz
Foto: divulgação
“kleber mendonça filho quer lhe mostrar algo massa”