Nascida em família de surfistas,
a carioca é considerada a primeira
mulher a dominar as ondas épicas
do Desert Point, na Indonésia

Por: joão de mari

A ASCENSÃO DE
MICHELLE DES
BOUILLONS

Fotos: reprodução / instagram

A surfista carioca Michelle
des Bouillons cresceu em
frente à Praia da Macumba,
no Rio de Janeiro, numa
família em que todo mundo
surfa – pai, mãe e irmãos.
Pegou a primeira onda aos
7 anos, na Prainha, e não
sossegou enquanto não subiu
na funboard de sua mãe

Filha de Jean Noel, francês
radicado no Rio que fez
parte da geração dourada
do Píer de Ipanema nos anos
70 e virou referência na
fabricação de pranchas na
década seguinte, Michelle
cresceu dentro deste
movimento, em uma casa
totalmente do surf

Ela começou a competir
aos 13 anos e aos 18 já era
tricampeã carioca amadora.
Michelle, porém, não se
profissionalizou. Foi estudar
produção visual e teve
que conciliar as aulas
com o trabalho como vendedora
em uma loja de roupas, mas o
surf nunca saiu da sua rotina

Em 2018, a carioca chegou
em Nazaré, vila portuguesa
conhecida por suas ondas
gigantes. Sem patrocínios,
ela não tinha muitas
pretensões, mas em pouco
mais de dois anos se
tornou uma das maiores
big riders por lá

Na mesma época, Michelle
também surpreendeu o público
que não estava acostumado
a ver mulheres dropando ondas
perfeitas em Desert Point,
na Indonésia. Ela pegou
um tubo tão impressionante
que surfistas a consideram a
primeira mulher a conseguir
pegar tal onda

Em outubro de 2022, o canal
Moist News, especializado em
surf, elegeu um tubo dropado
por Michelle em Desert Point
como “a onda da semana”

Em julho de 2022, após
garantir o 2º lugar na
categoria Biggest Wave,
no campeonato de ondas
gigantes, ela declarou:

“Superei meus limites,
encarei muitos medos
e me diverti pra caramba.
Viver daquilo que se ama
é muito bom. Seguimos
cheia de energia para
as próximas”

Conteúdo que transforma