Vida pública
Livro entrega o que ditadores faziam debaixo dos panos ? no caso, lençóis
Por: Ronaldo Bressane
O cropófilo
Hitler nunca teve condescendência dos biógrafos. Ao ter devassada sua vida sexual, o Führer foi bem judiado [sic]. Sifilítico, ele tinha só um testículo, sofria de flatulência crônica (digo, sofria quem estava ao lado) e induziu cinco amantes ao suicídio, talvez por seus gostos se-xuais ? coisas como rastejar em cima dele, cobri-lo com xixi e cocô etc.
O homófobo
Stálin não tirava as botas na cama, na hora da transa ? Freud explica: o pai do comunista era um sádico sapateiro, e deve ter-lhe transferido o gosto por chutar o posterior de assessores, amantes ? e até dos próprios filhos. Homófobo, Stálin cultivava um bigodão de meter medo em Freddie Mercury ? e, cossaco vem, cossaco vai, costumava promover bailes só para homens.
O mal-dotado
Napoleão, como todo baixinho, tinha complexo de superioridade. Isso o levou longe demais ? enquanto conquistava o continente, levava metade das cortesãs européias à sua alcova. Mas era, dizem, rápido feito um coelho e pouco dotado: Houve rumores de que seu pênis era pequeno. A comprovação veio do relatório da autópsia. Seu púbis foi descrito como semelhante ao ?monte de Vênus feminino?; o corpo era desprovido de pêlos; a pele era suave e alva; e os peitos, arredondados. O pênis acabou leiloado na Christie?s em 1969. Era pequeno e de aspecto desagradável. Mas que pênis estaria bem depois de 150 anos?
O porco
O sorridente Mao tinha um mau hálito de dar inveja ao último freqüentador do Saquê da Vila Madalena. Banho? Mês que vem, se chover. Mao também só veio com um testículo. Confiando que o bom exemplo vem de cima, o china promovia orgias com centenas ? tinha especial predileção por enfermeiras. Movidos pela imitação, talvez, com ele os chineses se tornaram a nação mais populosa do mundo.
O tarado
Num tempo em que ainda nem sonhava em mandar jornalistas e escritores ao paredón, Fidel levava para a cama uma intelectual atrás da outra ? e também humildes camareiras. Porém, traído por uma contra-revolucionária que quase deu sua cabeça à CIA, o barbudo revoltou-se: não descalçava mais os coturnos na hora do amor.
A Vida Sexual dos Ditadores, de Nigel Cawthorne Prestígio [www.ediouro.com.br], 320 págs., R$ 39