Um maldito Escritor
Escritor
Sim, sou um maldito de um escritor
Mas não estou vivendo a história dos outros
E jamais direi tudo.
Porque tudo o que escrevo, mesmo quando ficção
É minha mais absoluta verdade.
Agora não quero mais a compaixão de ninguém
Quando precisei não houve, então...
Prefiro a amizade dos que me amaram.
Quantas vezes você teve a boca de uma calibre 12
Nas mãos de um animal com licença para te matar
A poucos centímetros de sua cara?
Quantas vezes você foi deixado nu e de joelhos
Tomando tiros de bala de borracha frontais?
Humilhado ao extremo por homens
Que se submetem, como soldados nazistas
A ordens e doutrinas que os ensinam a atirar
Em homens encurralados como ratos?
O que escrevo é a resposta que dou
A imensa necessidade de minha existência
De desatar os nós que me amarram
E me desincorporar em paixão e ação.